Leia este texto para responder às questões:
“Como qualquer todo composto de partes, o Estado deve ter essas partes analisadas. Primeiro vamos considerar o cidadão, pois o Estado é a soma total dos cidadãos. Desse modo, perguntaremos: ‘quem é o cidadão? Por que o denominamos assim?’ [...] com frequência, um cidadão numa democracia não o é numa oligarquia. (Creio que podemos deixar de lado aqueles que simplesmente adquirem o título, isto é, os que são tornados cidadãos. A mera residência num Estado não confere cidadania; estrangeiros e escravos não são cidadãos, mas podem morar no país.) Uma definição pode ser a seguinte: ‘aqueles que têm acesso aos tribunais de justiça, que podem processar e ser processados’. [...] Na prática, cidadão é aquele que tem pai e mãe cidadãos; outros vão além e exigem que os antepassados de uma, duas, três ou mais gerações atrás também tenham direitos de cidadania [...]”. ARISTÓTELES. Política. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 211-213. (Coleção Os Pensadores).
O texto faz referência ao conceito de cidadania na Grécia Antiga, mais especificamente em Atenas. Tomando por base seus conhecimento e o que foi apresentado acima, explique o conceito de cidadania ateniense comparando com o modelo de cidadania contemporâneo?
Soluções para a tarefa
mano Ao falarmos do legado dos gregos para o mundo contemporâneo, percebemos que muitos textos ressaltam como as experiências políticas experimentadas em Atenas serviram de base para a construção do regime democrático. A luta pelo fim dos privilégios aristocráticos e a consolidação de uma sociedade com direitos mais amplos teriam sido os pilares dessa nova forma de governo. Contudo, não podemos afirmar que a ideia de democracia entre os gregos seja a mesma do mundo contemporâneo.
Atualmente, quando definimos basicamente a democracia, entendemos que este seria o “governo” (cracia) “do povo” (demo). Ao falarmos que o “governo pertence ao povo”, compreendemos que a maioria da população tem o direito de participar do cenário político de seu tempo. De fato, nas democracias contemporâneas, os governos tentam ampliar o direito ao voto ao minimizar todas as restrições que possam impedir a participação política dos cidadãos.