Leia este texto. É conhecida a raridade de diários íntimos na socie - dade escravocrata do Brasil colonial e imperial, em comparação com a frequência com que surgem noutra sociedade do mesmo feitio, o velho Sul dos Estados Unidos. Gilberto Freire reparou na diferença, atribuindoa ao catolicismo do brasileiro e ao protestantismo do americano: aquele podia recorrer ao confessionário, mas a este só restava o refúgio do papel. Esta é também a explicação que oferece Georges Gusdorf, na base de uma comparação mais ampla dos textos autobiográficos produzidos nos países da Reforma e da Contrarreforma. Ao passo que no catolicismo o exame de consciência está tutelado na confissão pela autoridade sacerdotal, no protestantismo, ele não está submetido a interposta pessoa. (Evaldo C. de Mello, "Diários e ‘livros de assentos’ ". In: Luiz Felipe de Alencastro [org.], História da vida privada no Brasil - 2). a) De acordo com o texto, em que grupo de países os diários íntimos surgiam com maior frequência e por que isso ocorria? b) A que expressões do texto se referem, respectivamente, os termos sublinhados no trecho "ele não está submetido a interposta pessoa"?
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a. Em países que adotaram o protestantismo como religião, como é o caso por exemplo, de uma diversidade de países inerentes à América do Norte, como os Estados Unidos.
b. Em "ele não está submetido a interposta pessoa", nota-se uma evidente referência ao exame de consciência, que está diante de diferentes tratamentos, quando relacionamos regiões que adotam o protestantismo, e outras, que adotam o catolicismo.
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