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Depressa
Eu ia correndo à vida. Aos sete, a gente é assim. Pula de um doce pra um brinquedo. De um brinquedo pra uma tristeza. Tudo rápido, no demorado da infância. O pai chegava, Olha o que eu trouxe pra você!, e abria a mão: um punhado de balas Chita! O mundo, então, era aquele sabor em minha boca, eu concentrado em mastigar, querendo outra, e mais outra, satisfeito de estar ali, fiel ao meu instante. Mas então a mãe lembrava, Você fez a lição de casa? Deixa eu ver!
Num salto, eu mostrava minha letra miudinha no caderno, Ó, passei tudo a limpo aqui, ó!, e nem ligava mais pra Chita, só queria ver se a tarefa estava correta e pedia pra mãe conferir, enquanto tirava com o dedo o resto de bala grudada no dente.
[…]
CARRASCOZA, João Anzanello. Depressa. In: . Aos 7 e aos 40. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2016. p. 8.
a) Ao relembrar a infância, o autor reproduz a fala dos integrantes da sua família. Qual linguagem foi utilizada?
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Resposta:
quero sabe também
Explicação:
nu sei
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