Leia atentamente os textos a seguir.
Texto I
[...] O exemplo clássico desta falácia relaciona-se com o procedimento judicial britânico. Na Grã-Bretanha, a prática da advocacia divide-se entre solicitors (procuradores ou solicitadores), que preparam os casos para apresentação a juízo, e os barristers (advogados de foro), que pleiteiam e argúem a causa no tribunal. Habitualmente, a cooperação entre eles é admirável mas, por vezes, deixa muito a desejar. Numa destas últimas ocasiões, o barrister ignorava o caso plenamente até o dia em que tinha de ser levado a juízo e dependia do solicitor para a investigação do caso do querelado e a preparação das alegações. Chegou ao tribunal antes de começar o julgamento, e o solicitor entregou-lhe a suma das alegações. Surpreendido pela exiguidade do documento, deu uma olhada pelo conteúdo para encontrar escrito o seguinte: “Não há defesa; ataque o advogado do queixoso!”
[...] COPI, Irving M. Introdução à Lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1974. p. 75-76.
Texto 2
[...] Neste campo, são tentadas todas as espécies de associações entre o produto e os objetos em relação aos quais se supõe que existe uma forte aprovação pública. Comer uma certa marca de cereais industrializados é proclamado como dever patriótico. Tomar banho com um sabonete de certa marca é descrito como uma experiência emocionante. Acordes de música sinfônica antecedem e sucedem ao anúncio de um creme dental, em programas de rádio e televisão patrocinados pelo seu fabricante. Nos cartazes de propaganda as pessoas que usam os produtos anunciados são sempre retratadas usando o gênero de vestuário e vivendo no tipo de casas que parece serem suscetíveis de despertar a aprovação e a admiração do consumidor médio. Os jovens que nelas figuram, usando os referidos produtos, são de olhos claros e ombros largos; os anciãos são, invariavelmente, de aspecto “distinto”. As mulheres são todas esbeltas e encantadoras, ou muitíssimo bem vestidas ou quase despidas. Quer uma pessoa esteja interessada no transporte econômico ou na condução em alta velocidade, o fabricante de automóveis garantirá que o seu produto é o “melhor” e “provará” a sua afirmação, exibindo o seu modelo de automóvel cercado de belas moças com biquíni. Os anunciantes “glamorizam” os seus produtos e os vendem nos sonhos e delírios de grandeza junto a cada vidro de pílulas para a prisão de ventre ou baldes para lixo. [...]
COPI, Irving M. Introdução à Lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1974. p. 80.
GLOSSÁRIO:
pleitear: discutir. utilitários.
arguir: interrogar.
exiguidade: pequena proporção.
Os textos exemplificam, respectivamente, os seguintes tipos de falácias não formais:
a) Dicto simpliciter e Argumentum ad populum.
b) Non causa pro causa e Argumentum ad verecundiam.
c) Argumentum ad hominem e Argumentum ad misericordiam.
d) Argumentum ad hominem e Argumentum ad populum.
e) Argumentum ad verecundiam e hipótese contrária ao fato.
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Resposta:
resposta correta letra c
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