ENEM, perguntado por polianaalvesdossanto, 2 meses atrás

Leia atentamente o texto do filósofo Vladmir Safatle: A Carta Roubada é um dos contos mais célebres de Edgar Allan Poe. Nele, o escritor norte-americano conta a história de um ministro que resolve chantagear a rainha roubando a carta que lhe fora endereçada por um amante. Desesperada, a rainha encarrega sua polícia secreta de encontrar a carta, que provavelmente deveria estar na casa do ministro. Uma astuta análise, com os mais modernos métodos, é feita sem sucesso. Reconhecendo sua incompetência, o chefe de polícia apela a Auguste Dupin, um detetive que tem a única ideia sensata do conto: procurar a carta no lugar mais óbvio possível, a saber, em um porta-cartas em cima da lareira. A leitura do conto de Edgar Allan Poe deveria ser obrigatória para os responsáveis pela educação pública. Muitas vezes, eles parecem se deleitar em procurar as mais finas explicações, contratar os mais astutos consultores internacionais com seus métodos pretensamente inovadores, sendo os problem a combater primários e óbvios para qualquer um que queira, de fato, enxergá-los. Por exemplo, há semanas descobrimos, graças ao Censo Escolar de 2011, que 72,5% das escolas públicas brasileiras simplesmente não têm bibliotecas. Isto equivale a 22 113.269 escolas. Um descaso que não mudou com o tempo, já que, das 7.284 escolas construídas a partir de 2008, apenas 19,4% têm algo parecido com uma biblioteca. Diante de resultados dessa magnitude, não é difícil entender a matriz dos graves problemas educacionais que atravessamos. Difícil é entender por que demoramos tanto para ter uma imagem dessa realidade. Ninguém precisa de mais um discurso óbvio sobre a importância da leitura e do contato efetivo com livros para a boa formação educacional, ou melhor, ninguém a não ser os administradores da educação pública, em todas as suas esferas, não fazendo sentido algum discutir o fracasso educacional brasileiro se questões elementares são negligenciadas a tal ponto. Em política educacional, talvez vamos acabar por descobrir que "menos é mais". Quanto menos "revoluções realmente priorizar a resolução de problemas elementares (bibliotecas, valorização da carreira dos professores etc.), melhor para todos. educação" e quanto mais capacidade de (Vladimir Safatle. A biblioteca roubada. In: Folha de São Paulo, São Paulo, 5/2/2013 - com adaptações). Com base na leitura desse texto, assinale a opção correta: OA) Segundo o autor, é preciso apostar em uma disposição revolucionária dos administradores das escolas brasileiras, que seja capaz de estabelecer uma sintonia entre a educação no Brasil e inovações educacionais internacionais.​

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Respondido por mickaelamimi078
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Resposta:

D )

espero ter ajudado!! :))

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