Leia atentamente o texto a seguir.
SAÍDA LENTA
Foi divulgado ontem mais um indicador que sugere a superação da tendência recessiva que predominou no primeiro semestre do ano. A produção da indústria teve, em agosto, seu segundo mês consecutivo de alta. De acordo com o IBGE, descontadas as influências sazonais, a produção de agosto foi 1,5% superior à de julho, e esta havia sido 0,9% maior do que a de junho.
O aumento da produção seria reflexo de uma expansão das vendas finais, em particular daquelas destinadas ao mercado interno — movimento favorecido pelos cortes de juros e pela interrupção da queda da renda dos trabalhadores em julho, também segundo o IBGE.
É possível até mesmo que as vendas finais estejam crescendo a um ritmo superior ao da recuperação da produção industrial. Isso porque, segundo vários levantamentos, a indústria acumulou estoques expressivos ao longo do primeiro semestre por ter subestimado a intensidade e a duração do período de contração. Agora que o mercado interno começa a reagir, a indústria tende a desovar esses estoques antes de acelerar mais seu ritmo de produção.
Embora essa hipótese pareça razoável, persistem sinais preocupantes relativos à abrangência e ao fôlego da recuperação. A alta de produção de julho para agosto foi muito mais concentrada nos bens duráveis, sobretudo nos automóveis. Vale lembrar que as vendas de veículos se encontram estimuladas por uma redução, excepcional e transitória, da tributação. Além disso, os consumidores que compram automóveis novos sabidamente concentram-se nas faixas de renda mais alta.
Já a produção de bens de consumo básico (semiduráveis e não-duráveis) continuou em queda em agosto, tendo acumulado recuo de mais de 3% desde maio. Nesse quadro de reaquecimento frágil e desequilibrado, é compreensível que os comerciantes estejam adiando as encomendas de bens para as vendas do Natal, conforme dados da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. É um indício de que, para firmar-se, a retomada ainda requer tempo e mais estímulos da política econômica.
(Folha de São Paulo, 08/10/03)
Releia o trecho a seguir.
“Agora que o mercado interno começa a reagir, a indústria tende a desovar esses estoques antes de acelerar mais seu ritmo de produção. Embora essa hipótese pareça razoável, persistem sinais preocupantes relativos à abrangência e ao fôlego da recuperação.”
A partir da leitura do trecho, analise a relação estabelecida pelo conectivo “embora”. Depois, leia as afirmativas a seguir.
I) A relação estabelecida pelo conectivo “embora” é discursiva/ argumentativa de contrajunção.
II) Uma das maneiras de reescrever este trecho, trocando o conectivo “embora” por “porém”, sem mudar a sua direção argumentativa, é “Agora que o mercado interno começa a reagir, a indústria tende a desovar esses estoques antes de acelerar mais seu ritmo de produção. Porém, essa hipótese parece razoável, contudo persistem sinais preocupantes relativos à abrangência e ao fôlego da recuperação.”
III) Uma das maneiras de reescrever este trecho, trocando o conectivo “embora” por “porém”, sem mudar a sua direção argumentativa, é “Agora que o mercado interno começa a reagir, a indústria tende a desovar esses estoques antes de acelerar mais seu ritmo de produção. Essa hipótese parece razoável, porém persistem sinais preocupantes relativos à abrangência e ao fôlego da recuperação.”
A(s) afirmativa(s) correta(s) está(ão) contida(s) apenas em:
I e II.
I.
I, II e III.
II e III.
I e III.
Soluções para a tarefa
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correta é a resposta
I e III
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Resposta correta: I e III
Explicação:
Corrigido no AVA
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