Leia atentamente o poema para responder à questão proposta.
Desenganos da vida humana metaforicamente
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
É planta, que de abril favorecida,
Por mares de soberba desatada,
Florida galeota empavesada,
Sulca ufana, navega destemida.
É nau enfim, que em breve ligeireza,
Com presunção de Fênix generosa,
Galhardias apresta, alentos preza:
Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa
De que importa, se aguarda sem defesa
Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?
MATOS, Gregório de. In: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, J. Aderaldo. Presença da literatura brasileira: das origens ao Realismo.
São Paulo: Difel, 1985. p. 46.
Definição
Airosa : que tem boa aparência.
Alento : sopro, bafejo.
Desatada : em abundância.
Empavesado : enfeitado, adornado, guarnecido de paveses (= proteção nas embarcações).
Fênix : divindade da mitologia egípcia, símbolo da imortalidade, personificada em uma ave que renascia das próprias cinzas; algo raro, geralmente superior aos outros.
Galeota : pequena embarcação a remo, revestida de ornamentos.
Galhardia : garbo, elegância.
Penha : penhasco, rochedo.
Presumida : vaidosa.
Soberba : orgulho, altivez.
Sulco : rastro deixado para trás por força de uma embarcação
Ufana : que se orgulha de algo, vaidoso.
Ao longo do texto, o autor compara vaidade com quatro substantivos concretos. Quais são eles?
Soluções para a tarefa
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rosa, planta, fênix, púrpuras
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