Leia atentamente o artigo abaixo, Pobre vira classe média, de Sylvia Romano.
Para contentar o governo, os pobres brasileiros foram galgados à condição de classe média. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas e empresas de pesquisa, descobriu-se que quem ganha entre R$ 1.064,00 e R$ 4.591,00 – o que passa a representar quase 52% da população atual – pertence à classe média. Existe, sim, uma melhora no padrão de vida do pobre brasileiro, mas elevá-lo a tal categoria é um pouco de pretensão. Segundo um jornal carioca, a notícia provocou reação em Vila Kennedy – bairro de 200 mil habitantes, na zona oeste do Rio, onde a maioria dos moradores se revoltou, pois tem consciência de que pertence à classe pobre.
Não é preciso ser economista para perceber este engodo. Basta uma conta rápida, envolvendo custos de moradia (aluguel ou prestação de casa própria), água, luz, telefone, escola, transporte, remédios, vestuário, impostos, para que qualquer responsável por uma família possa perceber a mentira desta conclusão.
O próprio responsável pela pesquisa, o economista Marcelo Nery, declarou: “O limite que define as faixas de cada classe concordo que é arbitrário, é uma simplificação. Porém o tamanho desta classe ou a forma como ela é definida é o menos importante, o mais importante é que está havendo um crescimento dela”. Pergunto eu, como advogada: Se os limites são arbitrários e, portanto, não revelam a realidade, por que foram estipulados valores para a divisão das classes sociais e, mais, divulgados? Será que quem definiu estas novas hierarquias nunca levantou os custos dos itens citados acima neste artigo? Tenho certeza que não, pois qualquer dona de casa das mais simples, como as da Vila Kennedy, sabe que classe média nunca será com R$ 1.064,00 por mês. O único muito feliz com este dado mascarado é o governo, pois agora terá um forte argumento para se apoiar nas suas eternas pretensões eleitoreiras, aliás, a única competência verdadeira que ele tem. (A Gazeta, 13/08/15. Adaptado.)
Qual é a temática do texto e quais são os diferentes argumentos apresentados pela autora?
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O exercício é interpretação de texto
Interpretar um texto é saber o que o autor quis dizer nas linhas e entrelinhas do mesmo. Compreender o significado das palavras e entender como o enredo do texto se deu.
Seguem algumas dicas para bem interpretar um texto:
- Leia todo o texto pausadamente;
- Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o significado;
- Veja o significado de cada uma delas no dicionário e anote;
- Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo o seu resumo;
- Elabore uma pergunta para cada parágrafo e responda;
- Questione a forma usada para escrever;
- Faça um novo texto com as suas palavras, mas siga as ideias do autor.
Vamos ao exercício:
Qual é a temática do texto e quais são os diferentes argumentos apresentados pela autora?
A temática do texto é o governo incluir na classe média pessoas que ganham de R$1.064,00 a R$4.591,00, o que passa a representar 52% da população atual.
A autora é contra estes patamares, porque sabe muito bem que quem ganha em torno de R$1.064,00 é pobre, não tem como bancar as mesmas coisas da classe média como moradia, água, luz, telefone, escola, transporte, remédios, vestuário e impostos. O responsável pela pesquisa, declarou que as faixas de renda foram arbitrárias, porém o tamanho desta classe ou a forma como ela é definida e menos importante do que saber que ela está tendo um crescimento. Assim ,diante do exposto, se pergunta a autora : se os limites são arbitrados, não revelando a realidade, porque então foram estipulados valores e divulgados? Possivelmente quem determinou estes limites não sabe o preço das coisas . Uma dona de casa de uma comunidade carente sabe que nunca será classe média com R$1.064,00.
Segundo a autora o único a ficar feliz com isto é o governo, pois fará disso forte argumento nas campanhas eleitorais.
Saiba mais sobre interpretação de texto, acesse aqui:
https://brainly.com.br/tarefa/25494854
Sucesso nos estudos!!!