Leia atentamente as afirmações a seguir:
I – O modelo do iTunes foi uma forma de adaptar comercialmente o download de músicas, criado como uma forma de diversão com o Napster.
II – Graças ao desenvolvimento na área de conexões em alta velocidade para aparelhos móveis da Apple foi possível ouvir músicas em streaming, sem a necessidade de downloads.
III – O iTunes foi beneficiado pelo modelo de streaming, uma vez que é vinculado aos dispositivos da Apple.
IV – O streaming de música fez com que o modelo de licença, típico dos software, chegasse ao mercado fonográfico e cinematográfico.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a. I, II e III.
b. III e IV.
c. I, II e IV.
d. II, III e IV.
e. I e III.
Soluções para a tarefa
e) está certa acabei de fazer
Resposta: C
Explicação: Os criadores do Napster foram processados por artistas e pelas empresas da
indústria fonográfica, sendo obrigados a deixar de oferecer o serviço. No entanto,
baixar um MP3 já havia se tornado hábito e outros programas com o mesmo
princípio surgiram, como o Kazaa e o e-Mule, tornando a pirataria de músicas um
consumo frequente; foram desenvolvidos inclusive aparelhos específicos para ouvir
essas músicas. Os chamados MP3 players praticamente eliminaram do mercado os
chamados walkman (para fitas) e discman (para CDs).
Ao final desse processo (judicial) no início dos anos 2000, Steve Jobs, recém-
-retornado ao comando da Apple, entendeu o que havia acontecido: a indústria
fonográfica estava condenada à morte naquele modelo de comércio de músicas em
mídias físicas. A sua empresa desenvolveu um MP3 Player, o iPod, vinculado a um
ambiente de comércio de músicas, o iTunes, ao preço de US$ 1 cada arquivo baixado.
A ideia era simples: você compra um CD por aproximadamente US$ 10, mas
nem todas as músicas são boas, embora pague por 12 ou 13 e aprecie apenas duas
ou três. No iTunes você compra apenas as que interessa e vai ouvi-las no iPod, em
arquivos com qualidade similar à do CD, sem as perdas causadas pelos downloads
por conexões discadas, típicas para os usuários do Napster, Kazaa e o e-Mule.
Foram inseridas no consumo de músicas duas opções: 1) compra por unidade
em alta qualidade, com um monopólio aparentemente imbatível da Apple e 2) pirataria
pela internet (já existia a pirataria de mídias físicas), com arquivos de qualidade
duvidosa. Quando tudo indicava que um novo modelo havia se consolidado, o processo
de inovação na indústria do entretenimento em sua transição para a internet
ainda estava em andamento, pari passu com o aumento do número de conexões
de alta velocidade em dispositivos móveis criados pela Apple.
No ano de 2008, a empresa sueca Spotify AB criou um serviço de transmissão
de músicas ao vivo e sob demanda pela internet. Em vez de comprar as músicas
por unidades, o usuário poderia pagar uma mensalidade de valor baixo, de alguns
dólares, e acessar com o seu iPod ou iPhone um catálogo com inúmeras músicas,
sem precisar baixá-las e armazená-las. O modelo de licenciamento típico de sistemas
operacionais software chegava finalmente à indústria fonográfica, a ponto de
tornar o iPod em um aparelho inútil (até porque os smartphones cumprem a mesma
função) e de se debater atualmente sobre o fim do formato MP3. Não demorou
para que tal forma de distribuição de conteúdo chegasse aos filmes, com a Netflix,
gerando, em ambos os segmentos, um setor com forte concorrência, obrigando a
Apple a remodelar o iTunes para um modelo misto.