Leia algumas avaliações sobre o crescimento da economia brasileira, durante o governo Lula.
Texto I
Em termos de resultados efetivos, o governo Lula realizou, em seu primeiro mandato, de 2003 a 2006, taxas respectivas de crescimento do PIB de 0,5%, 4,9%, 2,3% e 3%, numa conjuntura em que a economia mundial crescia praticamente o dobro dessas taxas e os emergentes dinâmicos três vezes mais [...]. Registre-se, porém, que o governo operou uma revisão metodológica nas contas nacionais, alterando o peso e a composição de indicadores básicos da economia, o que redundou numa mudança para cima de todas as taxas de crescimento da economia. Assim, os dados revistos do PIB brasileiro permitiram exibir as seguintes taxas de crescimento: 1,1% em 2003, 5,7% em 2004, 3,2% em 2005 e 4% em 2006 [...].
Pode-se dizer, aliás, que o governo Lula foi bafejado [protegido] pela sorte e pela demanda internacional, em especial da China, cuja voracidade por matérias-primas beneficiou duplamente o Brasil: pelo volume exportado e pelos preços valorizados (mais este fator, até, do que o primeiro).
Texto II
As medidas praticadas no Governo Lula possibilitaram uma condição macroeconômica favorável, devido tanto ao equilíbrio das contas externas, o controle da inflação e juros e subsequente crescimento da riqueza nacional. O Estado assumiu papel diferenciado e primordial na economia bem como na regulação dos mercados, principalmente com a crise internacional. Tal crise externa possibilitou ao governo construir um espaço de fortalecimento de elementos propriamente nacionais do desenvolvimento e pôr em prática medidas [...] que sustentavam sua posição pró-crescimento. [...]
O segundo mandato do governo Lula obteve êxito em termos de estabilidade econômica, crescimento, distribuição de renda, inclusão social e promoção de cidadania. Os impactos positivos diretos sobre o mercado de trabalho deram vida a um mercado interno, criando um círculo eficaz de produção, consumo e investimentos.
As avaliações:
I. São coincidentes. Ambas creditam o sucesso econômico do governo ao contexto internacional favorável.
II. São divergentes. O primeiro texto é crítico ao governo Lula, diminuindo sua importância para o crescimento econômico, enquanto o segundo texto considera as decisões econômicas do governo responsáveis pelo bom desempenho econômico.
III. O primeiro texto credita o bom desempenho do governo à sorte, e o segundo, ao acerto na condução da política econômica.
São corretas as afirmativas:
a) I e III
b) II e III
c) Apenas a afirmativa I
d) Apenas a afirmativa II
e) Apenas a afirmativa III
Soluções para a tarefa
Resposta:
B) II e III
Explicação:
Alternativa B. O primeiro texto diminui os méritos da gestão econômica do governo Lula, creditando-a à sorte e ao contexto internacional, que assegurou grande volume e valor às exportações brasileiras. Também minimiza o crescimento econômico, afirmando que foi menor que o de outros países na mesma época. O segundo texto credita ao governo Lula os méritos pelo bom momento econômico, descrevendo decisões que considera acertadas ao impulsionarem o mercado interno e estimularem o crescimento econômico. Portanto, são textos divergentes, com avaliações diferentes sobre as razões do bom momento econômico do país naquele período. As demais alternativas ou consideram os textos coincidentes ou ignoram uma das afirmativas corretas.
Sobre as análises do governo Lula presentes na questão, está correta a alternativa b, que versam sobre o fato das análises serem diferentes, pois o texto I indica a conjuntura internacional e a sorte como motivos para o crescimento econômico brasileiro, já o segundo aponta os méritos de gestão do governo.
Governo Lula e crescimento econômico
O crescimento econômico durante o governo Lula é motivo de discordância entre pesquisadores de diversas disciplinas. Apesar de ser quase um consenso que de fato houve crescimento econômico, os motivos para que este ocorresse são os motivos de discordância.
Para muitos, o governo realizou uma boa gestão, aumentando o poder de consumo dos mais pobres e aquecendo o mercado interno. Já outros apontam a conjuntura externa como o principal motivo para que o Brasil pudesse crescer durante o período.
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