Leia a seguir um trecho da crônica Colhendo os frutos da glória, de João Ubaldo Ribeiro: “Um dos maiores problemas que enfrento na minha profissão é que não tenho cara de escritor. Aliás, não sei bem que cara tenho, mas sei que não presta para a maioria das atividades que exerço ou já exerci. Lembro-me de que, quando era professor, sempre tive dificuldade em convencer novos alunos de que era o professor. Um, chamado Bruno Maracajá e hoje meu amigo (um dos meus tipos inesquecíveis, pela razão que se segue), teve uma crise incontrolável de riso quando entrou numa sala de cursinho para vestibular, perguntou quem era o professor de inglês e me apontaram. Foi meio chato e, se não se tratasse de cursinho para vestibular, não haveria santo que desse um jeito de o Bruno passar em inglês sem pelo menos saber a obra completa de Shakespeare de cor”. (RIBEIRO, J. U. Colhendo os frutos da glória. In: COLETÂNEA de textos: Programa de Formação de Professores Alfabetizadores. Brasília: MEC, 2001. Módulo 1. Disponível em: . Acesso em: 7 nov. 2015) A partir da leitura, pode-se dizer que este texto: Escolha uma: a. Foi escrito no registro informal, pois utiliza uma linguagem simples, expressões coloquiais e não obedece às regras gramaticais, apresentando uma linguagem próxima da fala. b. É um cruzamento dos registros formal e informal, pois trata de um assunto cotidiano com uma linguagem culta, que respeita a gramática. c. É um cruzamento dos registros formal e informal, pois, apesar de usar a norma culta, utiliza um léxico simples e expressões coloquiais, como “ter cara de” e “não há santo que ajude”. d. Foi escrito no registro formal, pois utiliza a norma culta e respeita as regras gramaticais, além de apresentar um humor bastante refinado, típico de textos cultos. e. Foi escrito no registro formal, pois utiliza certos termos típicos desse registro, como haver, tratar-se de, lembrar-se de etc.
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A resposta correta é: "É um cruzamento dos registros formal e informal, pois, apesar de usar a norma culta, utiliza um léxico simples e expressões coloquiais, como “ter cara de” e “não há santo que ajude”
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