Leia, a seguir, o trecho de uma resenha literária, publicada na Revista Brasileira de História:
As fronteiras entre pesquisa histórica e criação literária sempre foram bastante porosas, capazes de permitir contatos e intercâmbios interessantes. A própria dimensão da narrativa é fundamental no âmbito da investigação e reconstituição histórica do passado, embora durante certo tempo tivesse sido como que colocada no escanteio, quase abandonada em favor de abordagens que privilegiavam as análises quantitativas e seriais. Mas fazer história é também saber narrar uma boa história, construindo pontes entre seus leitores e aqueles pilares que sustentam o trabalho do historiador: os documentos e as fontes.
De forma análoga age o bom escritor quando sua criação literária busca pontos de sustentação ou de referência em eventos históricos, fatos do passado comum de um país ou de uma sociedade. De Tolstói a Stendhal, de Júlio Verne a Thomas Mann, os exemplos são inúmeros, mas chegando mais próximos dos tempos atuais, baste pensar na Festa do Bode, de Vargas Llosa ou em obras de Javier Cercas, como Soldados de Salamina ou Anatomia de um instante, ou ainda em O Cemitério de Praga de Umberto Eco, em HHhH de Laurent Binet, ou O Projeto Lazarus, de Hemon. Cada um segundo um estilo e uma dinâmica própria, mas sempre buscando indagar limites e possibilidades do encontro entre ficção literária e realidade histórica.
Assim, o simples anúncio do desaparecimento de uma jovem, denunciado por seus pais, encontrado, já no final dos anos ’90, numa edição de 1941 de Paris Soir, faz com que o escritor mobilize sua fantasia para tentar imaginar os caminhos da garota numa Paris ocupada pelos nazistas, e ao mesmo tempo se lance, com faro de autentico historiador, em busca de rastros, sinais, pegadas, isto é, documentos, que sustentem sua narração. O autor da obra - Dora Bruder, publicada pela Editora Rocco - é o prêmio Nobel de Literatura de 2014, o francês Patrick Modiano, e a jovem desaparecida é a que dá o título ao livro.
(SCARRONE, M. Entre história e ficção, uma vida. Revista de História.com.br, 8 nov. 2015. Disponível em: . Acesso em: 2 jan. 2015.)
A partir da leitura deste trecho, é possível dizer que esse texto tem como características:
I. Clareza.
II. Objetividade.
III. Desrespeito à norma culta.
IV. Falta de organização textual.
V. Desrespeito às características do gênero textual.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Escolha uma:
a. IV e V
b. I e II
c. III, IV e V
d. III e V
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Soluções para a tarefa
Respondido por
9
Bom dia!
I, II.
Alternativa B).
Abraço!
I, II.
Alternativa B).
Abraço!
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RESPOSTA CORRETA I e II
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