Direito, perguntado por brunapattacini, 6 meses atrás

Leia, a seguir, o trecho de um artigo de Dráuzio Varella:



Dizem que Deus limitou a inteligência do homem para que não ousássemos invadir seus domínios. Se assim foi, que mal haveria em ter limitado também a ignorância, já que fomos concebidos à sua imagem e semelhança? Custaria? Faço essa reflexão porque a Câmara dos Deputados aprovou a liberação da fosfoetanolamina, droga que teria propriedades antineoplásicas, sem que nenhum estudo tenha sido submetido à apreciação da Anvisa, o órgão brasileiro encarregado de avaliar a atividade de medicamentos antes da comercialização.

[...]

Tomo a liberdade de sugerir aos senhores senadores que se deem ao trabalho de procurar um único oncologista no Brasil que esteja a favor da liberação dessa ou de qualquer outra droga sem avaliação científica prévia. Seríamos todos nós, que passamos a vida cuidando de doentes com câncer, mercantilistas vis, insensíveis ao sofrimento e à morte das pessoas de quem tratamos?



VARELLA, D. Ignorância populista. Folha de S. Paulo, 19 mar. 2016.

Neste trecho, é possível identificar uma importante figura de argumentação. Que figura é essa e qual é a sua classificação?

Escolha uma:
a. Antítese – figura de presença.
b. Alusão – figura de comunhão.
*c. Interrogação retórica – figura de presença.* CORRETA
d. Metáfora – figura de escolha.
e. Interrogação retórica – figura de escolha.

Soluções para a tarefa

Respondido por pathycuiabanap5n6yh
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Resposta:

. Interrogação retórica – figura de presença.*

Explicação:

Neste trecho, encontramos o uso da interrogação retórica (uma figura de presença) em mais de um momento: “que mal haveria em ter limitado também a ignorância, já que fomos concebidos à sua imagem e semelhança? Custaria?” e “Seríamos todos nós, que passamos a vida cuidando de doentes com câncer, mercantilistas vis, insensíveis ao sofrimento e à morte das pessoas de quem tratamos?”. O uso dessa figura fortalece a argumentação de Dráuzio Varella sobre a incapacidade dos senadores em julgar a liberação ou não do uso da substância em questão.

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