Question

Leia a crônica:
O Gavião, de Rubem Braga

Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata pombas.
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com que a pomba come seu grão de milho.
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador.
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem.
01. Qual o assunto (tema) da crônica?
02. Qual é a opinião (ponto de vista) do cronista sobre o
tema?
03. Qual o personagem ou personagens?
04. O autor fazia parte da situação narrada ou estava como
observador, de fora?
05. Que reflexão a crônica a desperta no leitor?​

Answer 1

1- O tema central ou assunto da crônica é a relação da cadeia alimentar entre pomba, gavião e caçador. E os diversos pontos de vistas gerados sobre esse fato na cidade do RJ, quando um gavião caçador de pombas surgiu.

 

2- A opinião do cronista é o não tomar partido, pois o mesmo compreende a natureza e a característica tanto da pomba quanto do gavião que tem por instinto caçar.

 

3- Os personagens na história são o eu-lírico, os amigos do gavião e da pomba, o gavião, a pomba, e o caçador.

 

4- O autor se coloca como personagem, fazendo parte da situação.

 

5- A reflexão despertada pela crônica, é que se falando de fenômenos naturais como a cadeia alimentar, não há certo ou errado.