Português, perguntado por desenhoearte05, 9 meses atrás

LEIA A CRÔNICA:

"Como os gatos podem nos ajudar a entender as cidades".

"É certo que nós humanos, fazemos cidades à nossa imagem e semelhança: com erros e acertos, belezas e feiuras, delícias e horrores.

Para tanto, não há como não cometer a apropriação de um território, seguindo critérios mais ou menos aleatórios em alguns casos, mais pensados em outros: a fundação de uma cidade vai da conduta urbe de Rômulo e Remo – isto é, fundada e não surgida – até o genial “X” traçado por Lúcio Costa no Planalto Central Brasileiro. Há cidades que convivem com seu território e há as que o agridem com ferocidade – e por isso, pagam alto preço.Em qualquer caso, a Natureza não desiste de sua propriedade – uma fresta na calçada e surge um capinzinho verde; um terreno abandonado por alguns anos e crescem árvores de espécies nativas.""Entre os reapropriadores, há também outros seres vivos – afeiçoados e adaptados para sobreviver à hostilidade humana urbana. As aves, com sua mobilidade, são talvez as mais bem adaptadas. Mas desde ratos – dizem que uma cidade tem mais desses habitantes no subsolo que nas construções à superfície – até nossos cordiais amigos cães e gatos, são uma presença diferenciada da humana em qualquer lugar.

A presença felina é sempre charmosa, alegre, bonita e – infelizmente – cada vez mais rara. Estará aí uma das razões para o perigoso aumento da população dos ratos – lembrem-se das pestes negras, sempre no aguardo de um vacilo humano para atacar de novo.

Os gatos compartilham as cidades desde os primórdios da civilização – chegaram a ser sagrados no Egito faraônico, lembram? Mas onde os vi como cidadãos livres e bem adaptados foi em Siracusa, na Itália.

Frequentam a orla pedregosa da Ortigia, onde o mar está sempre para peixe, em pequenos grupos ou individualmente. Meditam, como apreciadores do" Patrimônio Cultural da Humanidade” nas ruínas de templos gregos com dois milênios e meio de existência: os homens os construíram e destruíram, eles apenas assistiram à nossa insensata troca de crenças.

Dá vontade de dirigir aos gatos nossas crônicas, como o jesuíta Antônio Vieira: cansado dos ouvidos de mercador que lhe faziam os humanos, dirigiu um de seus sermões de 1654 aos peixes: “Mudou o púlpito, mas não mudou a doutrina. Deixa as praças, vai às praias; deixa a terra e vai ao mar…: já que não" que me querem ouvir os homens,ouçam -me os peixes.”

1-Qual reflexão podemos ter com a leitura da crônica?

Soluções para a tarefa

Respondido por janayana70
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Resposta:

podemos aprender muito mais

espero ter ajudado


janayana70: de nada
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