Leia a charge e o texto da professora Íris Rodrigues Oliveira, da UFRJ.
Disponível em: . Acesso em: 27 jul. 2017.
A educação não pode, sozinha, instaurar um estatuto de ascensão social para quem quer que seja. Não é fato comprovado cientificamente que alguém que tenha, por exemplo, curso universitário ascenda social, econômica, emocionalmente. A educação tem que ser aberta para todos e possibilitar que o homem tenha uma formação que o capacite a conhecer novos espaços, investir em novas aventuras, sejam cognitivas, afetivas, econômicas, sociais, de todos os tipos.
O Brasil tem que lutar contra fortes indicadores de exclusão social, econômica e financeira. Quando se fala em ascensão social, pensa-se em apenas uma das características, porque ninguém comprova que uma ascensão econômica leva a uma social. O que é uma ascensão social? Como é que você se sente incluído socialmente em uma cultura, em um grupo, em um lugar? Será que as pessoas de bom nível econômico, emocional, afetivo têm, também, um bom nível social? Será que as que têm bom nível social – que são aceitas socialmente e fazem parte de grupos – têm um nível econômico que lhes permita atender minimamente as suas necessidades básicas? É uma questão para se montar uma pesquisa e constatar, empiricamente, essas formulações.
O Brasil vive lutando com formas de incluir não apenas socialmente, mas também humanamente em determinadas categorias. Dizer que a educação pública é para todos é uma falácia. Acompanhamos estágios de alunos em escolas que são simulacros de escola; não vou dizer nem cópia, porque cópia é até bom, mas um simulacro, algo ruim. Ambientes sem materiais de produção de qualidade, em que os alunos não têm condição sequer de se relacionarem uns com os outros. Nem os professores têm material didático-pedagógico e humano para promover aquela escola como um lócus da formação do homem para conviver com outro homem e com os valores culturais dos quais ele é herdeiro. Então o que tem que se fazer é investir mais no homem e deixar de se investir tanto em partido político e organizações. A minha proposta é que a escola deixe de ser um problema de governo e passe a ser um problema de Estado.
Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2017.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I A charge e o texto apresentam visões antagônicas, pois, enquanto a charge vê a educação como solução para o crescimento pessoal e profissional, o texto afirma que a educação não promove a ascensão social, mas apenas a ascensão econômica.
II Segundo o texto, a educação por si só não garante a ascensão social, e o ensino público no Brasil carece de materiais físicos e de capital humano capacitado.
III A autora do texto considera que o ensino não deve ser responsabilidade do Estado e mostra-se a favor da privatização das escolas públicas, que atualmente apresentam péssima qualidade.
É correto o que se afirma somente em
Soluções para a tarefa
Resposta:
Apenas a II afirmação está correta!
Explicação:
I A charge e o texto apresentam visões antagônicas, pois, enquanto a charge vê a educação como solução para o crescimento pessoal e profissional, o texto afirma que a educação não promove a ascensão social, mas apenas a ascensão econômica.
Isso não é citado no texto mas sim que a educação sozinha não garante nenhum tipo de ascensão, nem economica, nem social, portanto está errada.
III A autora do texto considera que o ensino não deve ser responsabilidade do Estado e mostra-se a favor da privatização das escolas públicas, que atualmente apresentam péssima qualidade.
Muito pelo contrario, ela diz que a escola deve deixar de ser problema do governo e sim do Estado, nã fala nada de privatização, o que ela quer dizer é que é uma obrigaçao e não algo dependente de políticos específos, não importa quem esteja lá deve investir em educação.
Bons estudos.
Espero que tenha ajudado!