Lar, doce lar
A expressão “viajar é bom, mas voltar para casa é ainda melhor” sempre me incomodou. Afinal, onde fica minha casa?
Nasci e cresci em Criciúma, no sul do Brasil. É dali que mantenho meus maiores laços de relacionamento com família e amigos. Completei minha maior idade em Cambridge, na Inglaterra, e foi lá que descobri que viajar sozinha era possível, o mundo não era um bicho de 7 cabeças. [...] em Milão, uma oportunidade de recomeço. Em Nairóbi, no Quênia, entendi que pequenas ações podem trazer grandes mudanças, e que existe muita gente disposta a trabalhar junta por um bem comum.
Depois de chamar 6 países de lar e visitar mais de 40, é difícil definir apenas um lugar como casa. Cada experiência faz parte do que sou e cada uma delas vivi com intensidade e apreço, mas, por algum motivo, sempre chegava a hora de partir, as vezes retornar ao ponto de partida, as vezes seguir.
Junto a essa inquietude, vinha um sentimento de não pertencimento e não pertencer a lugar nenhum, apesar de poético, não é saudável. E assim eu ia tentando, estabelecendo novas rotinas e relacionamentos até o próximo destino. Deixei muitas coisas para trás, recomecei do zero. Cruzei com pessoas incríveis no caminho e levo comigo um pouquinho de cada uma.
Pascal estava certo quando disse “a única causa da infelicidade do homem é não saber como ficar quieto em seu quarto.”
Bem, cá estou em meu quarto, onde passo maior parte dos meus dias. Observo as fotos na parede de cada momento particular e o mapa marcando os lugares que passei até chegar aqui. Cada detalhe conta uma história e todas elas me fazem viajar novamente. Olho através da janela os raios de sol refletirem nas árvores e flores em frente à casa. O som dos pássaros ecoa como trilha sonora.
Meu marido me acolhe em seus braços em um forte abraço e nosso cachorro se junta a nós, o que eu chamo de “abraço em família”. A felicidade se revela nas pequenas coisas, meus olhos marejam e me permito chorar de alegria.
Uma vez eu viajava afim de descobrir onde me encaixar. Hoje entendo que não pertencemos a lugares, pertencemos a pessoas. A gente sempre vai se encaixar onde tivermos pessoas que nos façam sentir em casa.
Quem diria, tudo está no seu lugar, inclusive eu.
Nesse texto, no trecho “Observo as fotos na parede de cada momento particular...” (6º parágrafo), o verbo “observo” apresenta a mesma regência de:
Atenho-me às fotos na parede de cada momento particular.
Consolo-me com as fotos na parede de cada momento particular.
Gosto das fotos na parede de cada momento particular.
Vejo as fotos na parede de cada momento particular.
Soluções para a tarefa
Resposta:
D)
Explicação:
Qual observo sinônimo?
1 aguardo, respeito, acato, aceito, atendo, obedeço, cumpro, sigo, ouço, escuto, executo. Constato: 2 acho, atento, reparo, entendo, constato, noto, percebo, vejo, compreendo, capto, advirto.
O verbo “observo” apresenta a mesma regência de:
Vejo as fotos na parede de cada momento particular.
Regência verbal
Tanto o verbo "observar" como o verbo "ver" são transitivos diretos, ou seja, regem complemento direto, sem a necessidade de preposição para conectar-se ao verbo. Por isso, eles possuem a mesma regência.
Tanto o verbo "observo" como o verbo "vejo" têm como complemento o termo "as fotos", classificado como objeto direto.
Nas demais opções, estão presentes verbos transitivos indiretos, pois regem preposição, como "atenho(-me)", "consolo(-me)" e "gosto". As preposições regidas são "a", "com" e "de", respectivamente.
Mais sobre regência verbal em:
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