Karl Marx (1818 a 1883) expõe em suas obras, que a base econômica determina a forma de viver em sociedade. Ele apresentou um contraponto às concepções e teorias idealistas. Para ele são formas de alienação: a privação do homem em usufruir do que produz, a religiosa que naturaliza a pobreza e as correntes filosóficas idealistas que não colocam o homem como sujeito histórico. O autor apontou a necessidade de ações transformadoras e negou o caráter passivo e contemplador humano. Marx faz uma crítica da sociedade capitalista e as ideologias que escondem a exploração da classe trabalhadora.
Para o autor, no modelo de produção capitalista os trabalhadores têm dificuldade para se organizarem e se mobilizarem, devido a grandes jornadas de trabalho e também devido a fragmentação e divisão do trabalho, que ocasionam a alienação da massa trabalhadora. Sem compreenderem a totalidade da produção e a organização dos mecanismos de controle, a massa trabalhadora entra num ciclo vicioso de produção e reprodução da ordem vigente. A concentração dos bens de produção nas mãos de poucos, em detrimento daqueles que só possuem a sua força de trabalho, leva ao agravamento da questão social enfrentados pelos trabalhadores.
De acordo com dados do IBGE de 2019, o desemprego ficou estável e atingiu 13 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, mas o contingente de subutilizados foi o maior desde 2012, chegando a 28,5 milhões de pessoas. O aumento na quantidade de pessoas subutilizadas foi puxado por outros dois recordes, de 7,2 milhões de subocupados e de 4,9 milhões de desalentados. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE. A taxa de subutilização também foi recorde e repetiu os 25% registrados no primeiro trimestre deste ano. Além da população desocupada, os subutilizados reúnem os subocupados (disponíveis para trabalhar mais horas), os desalentados (que desistiram de buscar emprego) e uma parcela que não consegue procurar trabalho por motivos diversos.
Elaborado pela professora 2019.
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Pode-se dizer que a origem da questão social se gesta no próprio capitalismo. De acordo com o pensamento de Marx, por mais que um trabalhador ganhe pela força de trabalho que está sendo vendida, o lucro de seu trabalho será ainda maior para o seu patrão, sendo assim, se torna impossível obter igualdade em uma sociedade capitalista. Dessa forma, ela seria uma forma de oprimir a sociedade e não de beneficiá-la.
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