Kant certa vez sugeriu um exercício ético para que pudéssemos entender melhor sua teoria ética, defendeu que a proposição deve dizer a verdade, deve ser posta em prática em qualquer circunstância. O exercício consistia em responder a um certo questionamento: se a polícia batesse à porta de sua casa perguntando a você se seu pai está, você mentiria para permitir que ele escapasse? E se fosse um assassino?
Seu desafio será defender a resposta com base na Teoria Deontológica.
Soluções para a tarefa
Para Kant o que define o conteúdo moral de uma ação não é a sua consequência ou efeito, mas a sua fundamentação moral. Isto, de acordo com Kant,se dá pois só podemos conhecer plenamente os princípios morais, não podendo controlar as consequências das ações no mundo, de modo que é mais seguro agir sempre por princípio e criar situações indesejadas de vez em quando que agir por interesses particulares e criar situações indesejadas com frequência.
Logo, se a ética diz que mentir é errado, pois se todos mentissem ninguém mais poderia acreditar em ninguém e a ciência seria impossível, o dever manda dizer a verdade sobre o seu próprio pai, mesmo que isto implique em uma prisão ou um homicídio.
Kant, que respondeu a mesma pergunta, a ilustra com um exemplo curioso: poderia mentir julgando ser a coisa certa, e neste momento meu pai poderia ter fugido pela janela, de modo que, por causa da minha mentira, o assassino, que saiu de minha porta, o viu pular pela janela e o matou. Como este tipo de coisa é impossível de saber para mim, é melhor seguir com os princípios.
Resposta:
“deve-se dizer sempre a verdade”
Explicação:
Na perspectiva kantiana, a responsabilidade moral deve depender apenas de aspectos racionais que se encontram ao alcance da vontade – como é o caso da intenção. Quando se faz depender o valor moral da acção do sentimento de compaixão ou das consequências consideram-se factores que não são controláveis pelo agente.Assim, devemos dizer a verdade ao assassino, pois não é possível prever se as consequências da mentira serão, de facto, boas como desejaríamos.