José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em Pilar, interior da Paraíba. Neto de senhor de engenho, passou a infância e parte da adolescência em engenhos da Paraíba e de Pernambuco. Formou-se em Direito, foi promotor público e, em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde faleceu aos 56 anos de idade, oito meses depois de ter sido empossado na Academia Brasileira de Letras. Influenciado pelos cegos cantadores das feiras livres do Nordeste, José Lins do Rego notabilizou-se por adotar uma linguagem coloquial, porém carregada de emoção e afetividade.
(Guerra, Bruna Tella; Sheila Pelegrini de Sá. Literaturas de língua portuguesa II. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. p. 157-158.)
Com base no texto e nos estudos sobre José Lins do Rego Cavalcanti, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I. O tema central de sua produção gira em torno da ascensão, apogeu e decadência dos engenhos de cana-de-açúcar "engolidos" pela modernidade, simbolizada pelas usinas. Sua primeira obra do ciclo da cana-de-açúcar — Menino de engenho — tem muitas passagens que retratam a si próprio e as pessoas que viviam no engenho de seu avô,
PORQUE,
II. em Menino de engenho, o protagonista Carlos de Melo (alterego de José Lins do Rego) passa a viver no engenho Santa Rosa, de propriedade de seu avô, o coronel José Paulino, depois de a mãe ser assassinada pelo pai. Convivendo com os meninos do engenho, descobrindo a sexualidade, escutando as histórias fantásticas dos empregados e imitando o avô (daí ser ele chamado "o coronelzinho"), o romance chega ao fim quando Carlos de Melo é enviado para o colégio interno.
Acerca dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Alternativas:
a)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
b)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
c)
A asserção I é uma proposição falsa e a II, uma proposição verdadeira.
d)
A asserção II é uma proposição falsa e a I, uma proposição verdadeira.
Alternativa assinalada
e)
As asserções I e II são proposições falsas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
José Lins escreveu cinco livros a que nomeou "Ciclo da cana-de-açúcar", numa referência ao papel que nele ocupa a decadência do engenho açucareiro nordestino, visto de modo cada vez menos nostálgico e mais realista pelo autor: Menino de Engenho (1932), Doidinho (1933), Bangüê (1934), O Moleque Ricardo (1935), e Usina (1936). Sua obra regionalista, contudo, não se encaixa somente na denúncia sócio-política, mas, como afirmou Manuel Cavalcanti Proença, igualmente em sua "sensibilidade à flor da pele, na sinceridade diante da vida, na autenticidade que o caracterizavam."[4]
José Lins nasceu na Paraíba; seus antepassados, que eram em grande parte senhores de engenho, legaram ao garoto a riqueza do engenho de açúcar que lhe ocupou toda a infância. Seu contato com o mundo rural do Nordeste lhe deu a oportunidade de, nostálgica e criticamente, relatar suas experiências através das personagens de seus primeiros romances. Lins era ativo nos meios intelectuais. Ao matricular-se em 1920 na Faculdade de Direito do Recife ampliou seus contatos com o meio literário de Pernambuco, tornando-se amigo de José Américo de Almeida (autor de A Bagaceira).[5] Em 1926, partiu para o Maceió, onde se reunia com importantes nomes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge de Lima. Quando partiu para o Rio de Janeiro, em 1935, conquistou ainda mais a crítica e colaborou para a imprensa, escrevendo para os Diários Associados e O Globo.[6]
É atribuída a José Lins do Rego a invenção de um novo romance moderno brasileiro.[7] O conjunto de sua obra é um marco histórico na literatura regionalista por representar o declínio do Nordeste canavieiro. Alguns críticos acreditam que o autor ajudou a construir uma nova forma de escrever fundada na "obtenção de um ritmo oral", que foi tornada possível pela liberdade conquistada e praticada pelos modernistas de 1922.[8] Sua magnum opus, Fogo Morto (1943), é vista como o "romance dos grandes personagens."[9] Massaud Moisés escreveu que esta obra-prima de José Lins "é uma das mais representativas não só da ficção dos anos 30 como de todo o Modernismo."[10]
Explicação:
espero ter ajudado
Resposta:
José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em Pilar, interior da Paraíba. Neto de senhor de engenho, passou a infância e parte da adolescência em engenhos da Paraíba e de Pernambuco. Formou-se em Direito, foi promotor público e, em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde faleceu aos 56 anos de idade, oito meses depois de ter sido empossado na Academia Brasileira de Letras. Influenciado pelos cegos cantadores das feiras livres do Nordeste, José Lins do Rego notabilizou-se por adotar uma linguagem coloquial, porém carregada de emoção e afetividade.
Com base no texto e nos estudos desta disciplina sobre José Lins do rego Cavalcanti, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O tema central de sua produção gira em torno da ascensão, apogeu e decadência dos engenhos de cana-de-açúcar “engolidos” pela modernidade, simbolizada pelas usinas. Sua primeira obra do ciclo da cana-de-açúcar — Menino de engenho — tem muitas passagens que retratam a si próprio e as pessoas que viviam no engenho de seu avô.
PORQUE
II. Em Menino de engenho, o protagonista Carlos de Melo (alterego de José Lins do Rego) passa a viver no engenho Santa Rosa, de propriedade de seu avô, o coronel José Paulino, depois de a mãe ser assassinada pelo pai. Convivendo com os meninos do engenho, descobrindo a sexualidade, escutando as histórias fantásticas dos empregados e imitando o avô (daí ser ele chamado “o coronelzinho”), o romance chega ao fim quando Carlos de Melo é enviado para o colégio interno.
Acerca dessas asserções, assinale a alternativa correta.
Alternativas:
a) As asserções I e II, são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I.
b) As asserções I e II, são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. Alternativa assinalada
c) A asserção I é uma proposição falsa e a II, uma proposição verdadeira.
d) A asserção II é uma proposição falsa e a I, uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II, são proposições falsas.
Explicação:
Correta de acordo com o AVA, Espero ter ajudado!