História, perguntado por mc126871, 5 meses atrás

Jaime I dissolveu o Parlamento depois que os Comuns não aceitaram ajudá-lo a financiar seu exército. Após a dissolução do Parlamento, ele acabou conseguindo deles o financiamento necessário para seu exército? Explique.

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Respondido por pedro14781
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Resposta:

No século XVII, as relações entre a burguesia e o poder monárquico na Inglaterra passaram por um novo momento. A morte da rainha Elizabeth I, em 1603, permitiu que a dinastia Stuart chegasse ao poder na Inglaterra com pretensões de ampliar a autoridade real. O primeiro monarca dessa dinastia, Jaime I, buscou enfraquecer a atuação do Parlamento – marcado pela presença de burgueses – promovendo a dissolução dessa instituição em vários momentos.

A crise entre o rei e o Parlamento acirrou-se ainda mais quando Jaime I tentou ampliar seu poder impondo uma colonização feudalizante na Irlanda e o monopólio real sobre a lucrativa comercialização de tecidos. Por meio de tais ações, o rei tinha intenções de alcançar uma autonomia financeira capaz de desarticular as limitações políticas impostas pelo Parlamento Britânico. Com isso, muitos ingleses partiram para a América do Norte buscando fugir das imposições reais.

Em 1625, a morte do rei Jaime I fez com que Carlos I, seu filho, se tornasse o novo rei da Inglaterra. Herdando a difícil relação com o Parlamento deixada pelo pai, Carlos I foi obrigado a assinar a Petição de Direitos, um documento que tornava obrigatória a convocação regular do Parlamento e colocava os gastos do Exército sob o controle de seus membros. Em resposta, Carlos I resolveu reavivar o Ship Money, uma antiga taxação que impunha a cobrança de impostos às regiões portuárias.

Depois disso, a crise política entre o rei e o Parlamento piorou com intensas manifestações populares contra a postura autoritária do rei. Em meio tantas desavenças, Carlos I descumpriu a Petição de Direitos e realizou uma invasão militar que dissolveu o parlamento inglês. No entanto, em 1640, o rei convocou novamente o Parlamento com o objetivo de levantar recursos para combater os conflitos religiosos que tomavam conta da Escócia.

Na volta do Parlamento, seus membros impuseram o controle sobre as questões religiosas e tributárias da Inglaterra. Ao mesmo tempo, instituiu uma lei onde o Parlamento se reuniria sem a convocação real e tirava do rei o direito de possuir um exército permanente. Descontente, Carlos I tentou mais uma vez dissolver o Parlamento – que buscou a formação de uma milícia popular que garantiria a plena atuação política dos parlamentares.

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