IRACEMA (FRAGMENTO)
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso, nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão pelas matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os miúdos cabelos. Escondidos na folhagem, os pássaros ameigavam o canto. Iracema saíra do banho; o aljôfar da água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do guará as flechas do seu arco e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela.
1- O Romantismo procura valorizar nossa fauna e nossa flora. Trata-se de uma forma de nacionalismo. Isso ocorre no fragmento acima lido? Justifique.
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Resposta:
No fragmento lido podemos perceber que há um romantismo em excesso, como a frase "seu hálito prrfumado" em nenhum momento saiu do contexto deixando a tona o romantismo em todas as partes. então sim, ocorre no fragmento.
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