Investir em educação e treinamentos é fundamental para qualquer empresa, indiferentemente do ramo ou do porte. Assim, evitam-se as chances de haver acidentes, os processos são alinhados, o desperdício diminui e, principalmente, a política e as regras traçadas pela empresa são respeitadas. Alguns setores, como na área da saúde, precisam investir em educação ambiental, alertando os colaboradores sobre os riscos associados, principalmente patógenos, e sobre o manuseio ou o descarte incorreto dos resíduos, por exemplo. Pedimos a você, estudante, que se coloque na posição de um gestor ambiental contratado por um grande hospital para ministrar um treinamento aos colaboradores. Dessa forma, você deverá explicar o que são as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de saúde conforme a nova resolução da RDC 222/18, publicada pela Anvisa. "
Soluções para a tarefa
Resposta:
As boas práticas de gerenciamento de resíduos consistem na verificação das atividades que envolvam qualquer etapa da geração dos resíduos produzidos pela organização/ empresa.
Toda atividade humana gera resíduos, e todo serviço cuja atenção esteja relacionada com a saúde humana ou animal gera RSS.
Até a destinação final dos resíduos produzidos pela instituição (aterro sanitário ou incineração), algumas etapas são necessárias, sendo definidas conforme a RDC 222/2018: É necessário que a empresa acondicione os RSS em abrigos externos ou temporários, acondicionados em embalagens segregados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos, sejam resistentes a puncturas, ruptura ou tombamento, em ambiente próximo a fonte geradora visando agilizar a coleta e otimizar o deslocamento do ponto de geração ao ponto de coleta externa; Devem ser separados por conteúdo biológico (perigoso ou não perigoso), dando tratamento ou destinação final ambientalmente adequada, utilizando técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento.
Após a segregação e deposição dos materiais, a destinação final poderá ser em aterro sanitário (perigoso ou não perigoso) ou incineração. Em aterros sanitários de conteúdo perigoso, há uma preparação de engenharia ambiental e civil para que todo o acondicionamento de materiais não cause danos ao meio ambiente e a saúde pública. Já para aterros não perigosos, também há preparação de engenharia ambiental, porém com menos restrições devido a não contaminação patológica.
Para que todo esse planejamento seja eficaz, é importante a capacitação dos recursos físicos, materiais e humanos disponíveis na instituição, seja entre seus colaboradores ou entre os colaboradores da empresa contratada que fará a destinação final dos resíduos, para isso, é necessário que a empresa tenha um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS), nesse PGRSS, é necessário que a empresa estime a quantidade mensal de resíduos gerados, de acordo com a classificação de resíduos da ANVISA; também é necessário que a empresa descreva os procedimentos quanto a segregação, acondicionamento, identificação, coleta, armazenamento, tratamento, transporte e disposição final desses resíduos, anexando no plano a pesquisa da empresa contratada para transporte e disposição final dos resíduos gerados pela instituição, além de comprovar que está em conformidade com as rotinas e processos de higienização e limpeza, estar em conformidade com ações publicas de proteção a saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente, apresentando documentos comprobatórios de capacitação e treinamento dos funcionários envolvidos na prestação de serviços que atuem no serviço próprio ou de terceiros de todas as unidades geradoras. O PGRSS deverá ser monitorado e mantido atualizado conforme periodicidade definida pelo responsável pela elaboração e implantação do plano.
Explicação: