Inverno! inverno! inverno!
Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz do vento que passa uivando como uma legião de lobos, através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na planície, fantasmas que a miragem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida.
Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera do sol avaro que não vem.
POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013. Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia
desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a A imprecisão no sentido dos vocábulos.
B dramaticidade como elemento expressivo.
C subjetividade em oposição à verossimilhança.
D valorização da imagem com efeito persuasivo.
E plasticidade verbal vinculada à cadência melódica.
Soluções para a tarefa
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86
Letra e.
Nota-se a presença de uma evidente cadência melódica, que pode ser analisada por intermédio de uma musicalidade, que é uma das características da prosa poética do então autor acima citado.
Além disso, nota-se a presença de linguagens verbais que são voltadas para caracterização do inverno, importante representação da prosa impressionista, dotado de um evidente apelo visual, poético, além de composto por plasticidade.
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15
Bom, vamos lá!
A correta é a letra: E)
Fica evidente a presença da cadência melódica, em meio a prosa musical do autor. a linguagem verbal voltada para o inverno em meio a nevoeiros, aonde o autor tenta representar sua visão impressiona na visão do leitor, com ar poético o que se da a plasticidade.
Espero ter ajudado <3
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