História, perguntado por hobarbosap5tm85, 1 ano atrás

intolerância religiosa no Brasil, definição

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Respondido por biagatinha1234p4vqex
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A intolerância religiosa é caracterizada quando uma pessoa não aceita a religião ou crença de outro indivíduo.

Tal atitude se manifesta desde as críticas em âmbito privado, as piadas, agressões verbais e físicas, ataques aos locais de culto e até ao assassinato.

Definição

A palavra "intolerância" vem de tolerar, ou seja: aceitar, suportar, conviver.

"Tolerar" significa, portanto, aceitar algo que não se concorda e conviver com isso.

Por sua vez, "intolerância" significa justamente contrário. Não suportar aquele que tem uma ideia ou condição diferente da minha.

No Brasil

Manifestantes participam da Marcha pela Liberdade Religiosa, na praia de Copacabana

A intolerância religiosa no Brasil começou com a chegada dos portugueses.

Como o catolicismo não admitia nenhuma outra religião que não fosse a católica, as crenças dos indígenas passaram a ser vistas como maléficas e, portanto, desprezadas.

Com a chegada dos negros que foram escravizados a mesma atitude se repetiu. Para escapar da perseguição dos senhores e do clero, os negros usavam as imagens dos santos católicos em suas cerimônias quando na verdade estavam cultuando seus orixás. Assim começou a relação entre o sincretismo e as religiões afro-brasileiras.

Durante o Império, a religião católica foi declarada oficial pela Constituição de 1824. Isso queria dizer que nenhuma outra religião poderia realizar cultos públicos. Igualmente, os locais destinados às reuniões não poderiam ter, externamente, símbolos que identificassem como um templo.

Com a abertura dos portos às nações amigas e a chegada de vários ingleses ao Brasil, esta política foi revista na prática.

Afinal, os ingleses, protestantes, tinham que ser enterrados em cemitérios diferentes dos católicos. Em várias cidades do Brasil é comum a existência de um “Cemitério dos Ingleses” destinado aos protestantes de várias denominações e judeus.

No Segundo Reinado, o aumento da imigração alemã proporcionou a vinda de pastores luteranos que abriam seus templos para atender as novas comunidades.

Um caso emblemático é o da Igreja Luterana de Petrópolis cujo próprio imperador Dom Pedro II contribuiu para sua construção.

Com a chegada da república houve a separação da Igreja e o Estado consagrada na Constituição de 1891. Em 1903 é revogada a lei que impedia templos não católicos de terem características de “igreja” e desta maneira são levantados vários locais de culto cristão.

Isso não quer dizer que a intolerância religiosa tenha acabado, pois a própria Igreja Católica teve vários bens confiscados pelo governo.

Também há casos de perseguição do clero católico aos pastores batistas e metodistas.

No entanto, quem mais sofria intolerância religiosa eram as religiões de matriz africana. Perseguidas pela polícia, os praticantes deviam esconder-se ou suportar invasões e penas de prisão por estarem reunidos em suas cerimônias religiosas.

Recentemente, as igrejas neopentecostais estão cometendo atos de vandalismo contra a Igreja Católica e as religiões afro-brasileiras.

Já foram registradas destruição de imagens de santos em templos católicos, bem como ataques em terreiros de candomblé e umbanda.

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