Interprete o esquema a seguir e identificando o processo histórico a que ele se refere, localizando-o no tempo e no espaço.
domesticação do trigo e cevada > excedente agrícola e uso da cerâmica > sedentarização > aumento da população > especialização do trabalho > metalurgia, urbanização e formação do Estado.
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Prezada Larissa,
Esses processos acima descritos ocorrem na pré-história, inicialmente no período neolítico (domesticação do trigo e cevada > excedente agrícola e uso da cerâmica > sedentarização > aumento da população > especialização do trabalho ) e Idade dos Metais (metalurgia, urbanização e formação do Estado.).
Seria algo que ocorreu no Oriente Próximo, em especial nas áreas do Crescente fértil e no Egito, entre 10 mil anos antes de Cristo até cerca de 3.300 antes de Cristo, quando ocorre o aparecimento da escrita e, assim, o fim da pré-história.
A descoberta da agricultura marca o fim do paleolítico e o início do neolítico, sendo um acontecimento que teve e tem uma importância essencial para o aparecimento de civilizações. Assim, a maior complexidade social da humanidade só começa após a descoberta da agricultura e da pecuária de espécies altamente produtivas, que favoreceram a permanência de grupos maiores em um mesmo local por um tempo indeterminado. Mesmo hoje, seria impensável a nossa sociedade sem a agricultura.
Até o início do neolítico, todas as populações humanas nas diferentes partes do mundo eram caçadoras e coletoras. A possibilidade de se viver de maneira sedentária, ou seja, de maneira continuada em um mesmo local, só foi possível com a produção de grãos altamente produtivos, levando a se produzir o pão pela primeira vez.
Na época anterior, durante o paleolítico, os grupos humanos eram bastante semelhantes ao caçadores-coletores que havia até algumas centenas de anos em algumas partes do mundo (como a Oceania, a América, e África).
As pessoas viviam em grupos de dezenas até algumas poucas centenas de indivíduos, dependendo da caça e pesca (geralmente, efetuada pelos homens) e da coleta de produtos vegetais, como frutas e raízes (atividade normalmente, realizada pelas mulheres). Obviamente, com o tempo, o número de animais de uma região diminuía em virtude dos que eram abatidos e dos que fugiam, bem como o número de produtos coletados já não eram mais o mesmo, tornando o local menos produtivo para sustentar a vida desses grupos. Quando isso acontecia, eles mudavam para outras áreas, de modo a, assim, obter mais sucesso com a caça e a coleta. Por isso, eles eram nômades.
No neolítico, houve uma série de mudanças importantes com o surgimento da agricultura e da pecuária, tais como o aumento do número de pessoas em cada tribo ou grupo, a o sedentarismo -resultando nas primeiras cidades-, uma maior complexidade política na organização social, uma maior preocupação com a propriedade, dentre outros fatores relevantes. Além disso, as primeiras cidades estavam próximas aos rios, bem como de terras férteis, nas quais a agricultura fosse possível.
Isso foi, particularmente, verdadeiro no Oriente Médio, pois havia diversas espécies de plantas e animais nessa região que eram extremamente interessantes em termos de domesticação, devido à rapidez da produção, condições de armazenamento da semente, dentre outras características importantes para os humanos. Elas nasciam tão logo havia umidade, crescendo rapidamente e produzindo logo. Entre elas, o trigo, produto básico do pão. Com as observações e experiências, os humanos aprenderam a armazenar as sementes de trigo em estruturas de barro (silos) , nos quais a água e a umidade não entrava, permitindo a manutenção de uma reserva de alimento durante o ano todo, aproveitando-se os períodos mais favoráveis para o plantio.
Com isso, era possível garantir alimentos por muito tempo, além de alimentar um maior número de pessoas, sem a necessidade de se mudar para outros locais, criando o sedentarismo a partir da agricultura de espécies de plantas e animais domesticados.
Havia também a produção de excedentes, que eram trocados com outros grupos, favorecendo o comércio e a cooperação.
Nesse sentido, o cultivo desses alimentos e a criação de animais foi tão importante que a população humana atual, em sua grande maioria, não apresenta intolerância ao glúten (presente nas farinhas, como a de trigo) e nem a lactose, ao contrário do que ocorria antes. Desse modo, os estudos demonstram que, no paleolítico, a maior parte dos seus humanos eram intolerantes à lactose e ao glúten, ou seja, a importância dos cereais nessas sociedades foi tão grande que a maioria das pessoas são descendentes daqueles que não eram intolerantes ao glúten e puderam aproveitar os benefícios desses alimentos. Estipula-se que um ou dois grãos e os produtos derivados destes eram responsáveis por 80 a 90% das calorias que as pessoas ingeriam nesse período.
Para melhor compreender todo esse processo, sugiro que veja os vídeos " A História do Mundo em Duas Horas " e " Armas germes e Aço - Saindo do Jardim do Éden ", encontrados facilmente no you..tube.
Bons estudos!
Esses processos acima descritos ocorrem na pré-história, inicialmente no período neolítico (domesticação do trigo e cevada > excedente agrícola e uso da cerâmica > sedentarização > aumento da população > especialização do trabalho ) e Idade dos Metais (metalurgia, urbanização e formação do Estado.).
Seria algo que ocorreu no Oriente Próximo, em especial nas áreas do Crescente fértil e no Egito, entre 10 mil anos antes de Cristo até cerca de 3.300 antes de Cristo, quando ocorre o aparecimento da escrita e, assim, o fim da pré-história.
A descoberta da agricultura marca o fim do paleolítico e o início do neolítico, sendo um acontecimento que teve e tem uma importância essencial para o aparecimento de civilizações. Assim, a maior complexidade social da humanidade só começa após a descoberta da agricultura e da pecuária de espécies altamente produtivas, que favoreceram a permanência de grupos maiores em um mesmo local por um tempo indeterminado. Mesmo hoje, seria impensável a nossa sociedade sem a agricultura.
Até o início do neolítico, todas as populações humanas nas diferentes partes do mundo eram caçadoras e coletoras. A possibilidade de se viver de maneira sedentária, ou seja, de maneira continuada em um mesmo local, só foi possível com a produção de grãos altamente produtivos, levando a se produzir o pão pela primeira vez.
Na época anterior, durante o paleolítico, os grupos humanos eram bastante semelhantes ao caçadores-coletores que havia até algumas centenas de anos em algumas partes do mundo (como a Oceania, a América, e África).
As pessoas viviam em grupos de dezenas até algumas poucas centenas de indivíduos, dependendo da caça e pesca (geralmente, efetuada pelos homens) e da coleta de produtos vegetais, como frutas e raízes (atividade normalmente, realizada pelas mulheres). Obviamente, com o tempo, o número de animais de uma região diminuía em virtude dos que eram abatidos e dos que fugiam, bem como o número de produtos coletados já não eram mais o mesmo, tornando o local menos produtivo para sustentar a vida desses grupos. Quando isso acontecia, eles mudavam para outras áreas, de modo a, assim, obter mais sucesso com a caça e a coleta. Por isso, eles eram nômades.
No neolítico, houve uma série de mudanças importantes com o surgimento da agricultura e da pecuária, tais como o aumento do número de pessoas em cada tribo ou grupo, a o sedentarismo -resultando nas primeiras cidades-, uma maior complexidade política na organização social, uma maior preocupação com a propriedade, dentre outros fatores relevantes. Além disso, as primeiras cidades estavam próximas aos rios, bem como de terras férteis, nas quais a agricultura fosse possível.
Isso foi, particularmente, verdadeiro no Oriente Médio, pois havia diversas espécies de plantas e animais nessa região que eram extremamente interessantes em termos de domesticação, devido à rapidez da produção, condições de armazenamento da semente, dentre outras características importantes para os humanos. Elas nasciam tão logo havia umidade, crescendo rapidamente e produzindo logo. Entre elas, o trigo, produto básico do pão. Com as observações e experiências, os humanos aprenderam a armazenar as sementes de trigo em estruturas de barro (silos) , nos quais a água e a umidade não entrava, permitindo a manutenção de uma reserva de alimento durante o ano todo, aproveitando-se os períodos mais favoráveis para o plantio.
Com isso, era possível garantir alimentos por muito tempo, além de alimentar um maior número de pessoas, sem a necessidade de se mudar para outros locais, criando o sedentarismo a partir da agricultura de espécies de plantas e animais domesticados.
Havia também a produção de excedentes, que eram trocados com outros grupos, favorecendo o comércio e a cooperação.
Nesse sentido, o cultivo desses alimentos e a criação de animais foi tão importante que a população humana atual, em sua grande maioria, não apresenta intolerância ao glúten (presente nas farinhas, como a de trigo) e nem a lactose, ao contrário do que ocorria antes. Desse modo, os estudos demonstram que, no paleolítico, a maior parte dos seus humanos eram intolerantes à lactose e ao glúten, ou seja, a importância dos cereais nessas sociedades foi tão grande que a maioria das pessoas são descendentes daqueles que não eram intolerantes ao glúten e puderam aproveitar os benefícios desses alimentos. Estipula-se que um ou dois grãos e os produtos derivados destes eram responsáveis por 80 a 90% das calorias que as pessoas ingeriam nesse período.
Para melhor compreender todo esse processo, sugiro que veja os vídeos " A História do Mundo em Duas Horas " e " Armas germes e Aço - Saindo do Jardim do Éden ", encontrados facilmente no you..tube.
Bons estudos!
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