Interpretação da estrofe final do poema Grito Negro.
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O eu lírico, fala-nos da escravatura e o carvão é uma figura de estilo pela sua carectirística da cor e pelas suas acções, então o sujeito poético atribui características do carvão ao homem negro onde o eu lírico inclui-se como carvão chamando o explorador de patrão. Portanto, o eu lírico dirige nossa atenção ao problema racial, não há dúvida. No entanto, a questão racial é desnaturalizada e deve ser encarada igualmente como uma das faces da exploração, que o negro efectivamente, consegue se libertar do processo de transformar a que parecia condenado. “Grito Negro” num claro tom narrativo resgata a subjestividade do sujeito colonial ao “retomar em seus versos aspectos da coloquialidade”, Craveirinha (1995) tanto no que tange ao tom de língua falada quanto aos vocábulos populares (Carvão, Combustão, Alcatrão), percebe-se uma forma de valorizar as pessoas que assim falavam, “aspectos também defendido nos primórdios do modernismo no Brasil que foi grande espiração de José Craveirinha”. Craveirinha (1995).