interesses e objetivos dos europeus na expansão marítima
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A necessidade do europeu lançar-se ao mar resultou de uma série de fatores sociais, políticos, econômicos e tecnológicos.
A Europa saía da crise que fora herdada do século XIV e as monarquias nacionais eram levadas a novos desafios que resultariam na expansão para outros territórios.
O Ocidente tornou-se dependente do comércio do restante do mundo e a Europa comprava mais que vendia. No continente europeu, a oferta era de madeira, pedras, cobre, ferro, estanho, chumbo, lã, linho, frutas, trigo, peixe, carne.
Os países do Oriente, por sua vez, dispunham de açúcar, ouro, cânfora, sândalo, porcelanas, pedras preciosas, cravo, canela, pimenta, noz-moscada, gengibre, unguentos, óleos aromáticos, drogas medicinais e perfumes.
Cabia aos árabes o transporte dos produtos até a Europa em caravanas realizadas por rotas terrestres. O destino eram as cidades italianas de Gênova, Veneza e Pisa, que serviam como intermediárias para a venda das mercadorias ao restante do continente.
Esse intermédio significava, na verdade, um monopólio sobre o comércio pelo Mar Mediterrâneo e era necessária a existência de uma rota alternativa. As rotas precisavam ser mais rápidas, seguras e, principalmente, econômicas.
Paralela à necessidade de novos caminhos, também era preciso solucionar a crise dos metais e pedras preciosas na Europa, onde as minas já estavam esgotadas.
Uma reorganização social e política também impulsionava à busca de mais rotas. Eram as alianças entre reis e burguesia, formando as monarquias nacionais.
O capital burguês financiaria a infraestrutura cara e necessária para o feito ao mar. Afinal, eram precisos navios, armas e mantimentos.
Os burgueses pagavam em troca da participação nos lucros e essa foi, também, uma forma de fortalecer os Estados nacionais e impor à sociedade a submissão à monarquia.
No campo da tecnologia, uniram-se a cartografia, a astronomia e a engenharia náutica. Os portugueses deram a partida e, por meio da Escola de Sagres. Era dessa escola o lema "Navegar é preciso, viver não é preciso".
Expansão Marítima Portuguesa
Experientes pescadores, os portugueses aplicaram o uso de pequenos barcos, os barinéis, além das caravelas e naus.
A precisão náutica foi favorecida pela bússola.
Com tecnologia e necessidade econômica de ir ao mar, os portugueses ainda somaram a meta de evangelizar e levar a fé católica para outros povos. As condições políticas também eram bastante favoráveis.
Portugal foi a primeira nação a criar um Estado-nacional associado aos interesses mercantis. Em paz, enquanto outras nações guerreavam, houve concentração para as incursões marítimas que supririam a falta de mão-de-obra, de produtos agrícolas e metais preciosos.
Portugal contava, também, com vantagem geográfica. Era ponto de escala comercial para os navios que saíam da Itália em direção ao Mediterrâneo com destino ao Norte da Europa. A posição estratégica permite acesso à África através do Oceano Atlântico.
O primeiro sucesso português nos mares foi a Conquista de Ceuta, em 1415. Sob o pretexto de punição religiosa, no porto viviam muçulmanos, os portugueses dominaram o destino das expedições comerciais árabes.
Assim, Portugal "estabeleceu-se" na África, mas não foi possível interceptar as caravanas carregadas de escravos, ouro, pimenta, marfim, que paravam em Ceuta. Os árabes procuraram outras rotas e os portugueses foram obrigados a procurar novas rotas em direção às mercadorias que tanto aspiravam.
Na tentativa de chegar à Índia, os navegadores portugueses conquistaram a África e contornou todo o continente durante o século XV. Criaram feitorias, fortes e estabeleceram pontos para negociação com os nativos.
A essas incursões deu-se o nome de périplo africano, tendo por parte dos portugueses o claro objetivo de obter lucros. Não havia o interesse em colonizar ou organizar a produção dos locais explorados.
Foi em 1488 que os portugueses chegaram ao Cabo da Boa Esperança sob o comando de Bartolomeu Dias. Essa está entre as importantes marcas das conquistas marítimas de Portugal, que chegou ao Oceano Índico.
As expedições permaneceram e, entre 1497 e 1498, o navegador Vasco da Gamaconseguiu chegar a Calicute, nas Índias. A chegada ao Brasil ocorreu em 1500
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