Insegurança: o desastre da certeza
Não, não são os problemas que alimentam a insegurança. A doença que mata, muitas vezes, mata antes de adoecer.
Na pandemia, a insegurança domina a primeira onda, a segunda, e vira um maremoto. Mas entenda: não são as dúvidas o problema... São as "certezas"!
Certeza de que negar a doença poderia salvar a economia, a vida, a esperança... Negacionismo travestido de loucura insegura a alma doente.
Certeza de que o dinheiro público não tem dono. E na pandemia escondem seu mau uso.
Certeza de líderes irresponsáveis que desprezam o poder da palavra. Criam confusão, e, na falta de coerência, confundem os cansados de pensar. Justificam o injustificável, apontando os erros daqueles que não poderiam errar, na tentativa de eximir a própria culpa.
Na pressa, na pressão, sim, instituições científicas erram, se retratam, causam danos, mas não se igualam àqueles que exploram a insegurança.
Certeza de que a lógica bastaria para Medicina. Não, não basta!
É na dúvida que temos espaço para refletir, buscar caminhos, perceber erros, encontrar saídas.
A evolução da Medicina, que traz vida, tem na Ciência a sua direção! E Ciência cresce em mentes céticas, porém não incrédulas! Céticas para questionar observações, que resistem à subjetividade das próprias crenças. Mas tantas dúvidas deixam a alma carente, frágil e vulnerável. Na insegurança, o risco aumenta. Decisões precipitadas, teorias da conspiração, tratamentos milagrosos, salvadores da pátria... A certeza da solução nas mãos de alguém, a ilusão desejada pela alma insegura, que se rende ao desastre da certeza.
1) De que maneira a charge acima pode dialogar com o texto lido? comente:
Anexos:
Soluções para a tarefa
Respondido por
0
ele está querendo dizer que ele não tem mais nenhuma certeza de nada. e a mulher falou que ela acha que ela perdeu a certeza para sempre mas ela também tem suas dúvidas:)
Perguntas interessantes