Inovação gráfica que resiste e ainda encanta O livro inclinado, de Peter Newell, Editora Cosac Naify, 48 páginas “Ao encontrar numa livraria um exemplar de O livro inclinado, de Peter Newell, recém-lançado pela Cosac Naify, o leitor ficará encantado, em primeiro lugar, com o formato inusitado da obra, autoexplicativo. Embora as prateleiras dedicadas à área infantojuvenil estejam abarrotadas de edições sofisticadíssimas visualmente, O livro inclinado ainda se destaca com charme irresistível. Ao abrir o exemplar, outro encantamento: a confusão provocada por um carrinho de bebê desgovernado ladeira abaixo e contada num texto leve, acompanhado de lindíssimas ilustrações (também do autor), que revelam um perfeito casamento entre forma e conteúdo. A maior surpresa, porém, virá no final do volume, onde está impressa a data original de publicação da obra: 1910. A ousadia gráfica de O livro inclinado hoje pode ser considerada corriqueira num mercado que valoriza cada vez mais (ainda bem) o design adequado ao texto, mas na época foi festejada como um marco da indústria editorial. E a obra, um dos primeiros livros-objeto de que se têm notícia, já nasceu um clássico da literatura infantojuvenil. A história de Newell (1862-1924) gira em torno do bebê Bobby, que mora no alto de uma ladeira. Um dia sua babá se descuida e lá se vai o pimpolho destrambelhado dentro do carrinho. O que poderia ser até aflitivo para os leitores vira um passeio divertido e antropológico, já que Bobby atravessa cenários e personagens típicos de uma sociedade do início do século XX. Em 2009, a Cosac Naify publicará do mesmo autor O livro do foguete. ” (Fonte: MILLEN, M. Inovação tecnológica que resiste e ainda encanta. O Globo. Rio de Janeiro, 20 dez. 2008. Prosa e Verso, p. 5.) Ao caracterizar a obra “O livro inclinado”, o autor Millen identifica: a. O formato do livro como “adequado ao texto”. b. O passeio do protagonista como “divertido e antropológico”. c. O texto como “inusitado”. d. As ilustrações como “leves”. e. Relação entre forma e conteúdo como “lindíssima”.
Soluções para a tarefa
A alternativa correta é a B.
Perceba que este texto pode ser classificado como uma resenha crítica. Nele, o autor (ou resenhista) Millen apresenta suas impressões e avaliações pessoais sobre o livro intitulado “O livro inclinado”, o que evidencia que o texto contém o ponto de vista do resenhista.
Para marcar este ponto de vista, Millen utiliza uma série de adjetivos para caracterizar a obra.
a. O formato do livro como “adequado ao texto”. ERRADOEle afirma que é autoexplicativo
b. O passeio do protagonista como “divertido e antropológico”. CORRETO
c. O texto como “inusitado”. ERRADOEle afirma que é leve.
d. As ilustrações como “leves”. ERRADOEle afirma que são lindíssimas
e. Relação entre forma e conteúdo como “lindíssima”. ERRADOEle afirma que é um perfeito casamento
Leia o texto:
Inovação gráfica que resiste e ainda encanta
O livro inclinado, de Peter Newell
Editora Cosac Naify, 48 páginas
Ao encontrar numa livraria um exemplar de O livro inclinado, de Peter Newell, recém-lançado pela Cosac Naify, o leitor ficará encantado, em primeiro lugar, com o formato inusitado da obra, autoexplicativo. Embora as prateleiras dedicadas à área infantojuvenil estejam abarrotadas de edições sofisticadíssimas visualmente, O livro inclinado ainda se destaca com charme irresistível.
Ao abrir o exemplar, outro encantamento: a confusão provocada por um carrinho de bebê desgovernado ladeira abaixo e contada num texto leve, acompanhado de lindíssimas ilustrações (também do autor), que revelam um perfeito casamento entre forma e conteúdo.
A maior surpresa, porém, virá no final do volume, onde está impressa a data original de publicação da obra: 1910. A ousadia gráfica de O livro inclinado hoje pode ser considerada corriqueira num mercado que valoriza cada vez mais (ainda bem) o design adequado ao texto, mas na época foi festejada como um marco da indústria editorial. E a obra, um dos primeiros livros-objeto de que se têm notícia, já nasceu um clássico da literatura infantojuvenil.
A história de Newell (1862-1924) gira em torno do bebê Bobby, que mora no alto de uma ladeira. Um dia sua babá se descuida e lá se vai o pimpolho destrambelhado dentro do carrinho. O que poderia ser até aflitivo para os leitores vira um passeio divertido e antropológico, já que Bobby atravessa cenários e personagens típicos de uma sociedade do início do século XX.
Em 2009, a Cosac Naify publicará do mesmo autor O livro do foguete”.
Fonte: MILLEN, M. Inovação tecnológica que resiste e ainda encanta. O Globo. Rio de Janeiro, 20 dez. 2008. Prosa e Verso, p. 5.
Sobre o texto, pode-se afirmar:
I. O autor dá sua opinião sobre a obra “O livro inclinado” por meio de adjetivos como “texto leve”, “lindíssimas ilustrações”, entre outros elementos subjetivos.
II. Os parênteses no trecho “num mercado que valoriza cada vez mais (ainda bem) o design adequado ao texto” são usados para separar uma observação mais emocional do autor da resenha.
III. Além do ponto de vista do autor sobre a obra apresentada, o texto “Inovação gráfica que resiste e ainda encanta” apresenta resumo como parte estrutural de uma resenha.