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Indústria cultural da felicidade
Tornou-se perigoso o emprego da palavra felicidade desde
seu mau uso pela propaganda. Os que se negam a usá-la acreditam
liberar os demais dos desvios das falsas necessidades, das
bugigangas que se podem comprar em shoppings grã-finos ou em
camelôs na beira da calçada, que, juntos, sustentam a indústria
cultural da felicidade à qual foi reduzido o que, antes, era o ideal ético
de uma vida justa. Infelicidade poderia ser o nome próprio desse novo
estado da alma humana que se perdeu de si ao perder-se do sentido
do que está a fazer. Desespero é um termo ainda mais agudo quando
se trata da perda do sentido das ações pela perda da capacidade de
reflexão sobre o que se faz. A felicidade publicitária está ao alcance
dos dedos e não promete um depois. Resulta disso a massa de
“desesperados” trafegando como zumbis nos shoppings e nas
farmácias do país em busca de alento.
Ao reprovar a ação da indústria da felicidade e um comportamento
humano, o texto associa a
a) ansiedade recorrente ao lançamento de novidades no mercado.
b) visita frequente ao shopping à resolução de problemas cotidianos.
c) atitude impensada ao atendimento de necessidades emergenciais.
d) postura consumista à crença na promessa ilusória de anúncios
publicitários.
e) vantagem econômica à venda de produtos falsificados no mercado
ambulante.
Soluções para a tarefa
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Resposta: D
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