indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor "aptidão" ao trabalho escravo (...). o que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. mas na "preferência" pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse "gênero de vida"; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa "mercadoria". esse talvez seja o segredo da melhor "adaptação" do negro à lavoura ... escravista. paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. (fernando a. novais. portugal e brasil na crise do antigo sistema colonial. são paulo: hucitec, 1979, p. 105. adaptado.)
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É ISSO
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letra E
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A Coroa portuguesa auferia recursos com a colonização cobrando importos sobre as transações mercantis (importação e exportação). Neste sentido, o comércio de escravizados era mais um negócio a ser taxado pela Coroa. A escravização de indígenas era um negócio interno à Colônia.
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