Índia x China
China vai passar bastão do crescimento para Índia (e isso é bom) O crescimento econômico da China passou dos 14% em 2007, mas já era a metade disso em 2016: 5.7%, o mais baixo em 26 anos. Já a Índia ultrapassou a marca dos 7% também em 2016 e se tornou a grande economia do mundo que mais cresce, posto onde deve continuar.
“O polo econômico do crescimento global se moveu nos últimos anos da China para a vizinha Índia, onde provavelmente ficará ao longo da próxima década”, diz uma publicação recente do Centro para Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard.
[...] A previsão atual é de crescimento médio anual de 4,41% na China e 7,72% na Índia até 2025. Só Uganda cresceria mais (7,7%), só que partindo de uma base bem mais baixa.
O Brasil não está tão mal: subiu 5 posições no ranking de complexidade e tern projeção de crescimento médio anual de 4,23% até 2025.
[...] Os pesquisadores de Harvard notam que a perspectiva positiva da Índia vem do potencial de diversificar sua base de exportação para setores mais complexos como químicos, veículos e eletrônicos.
Além disso, a Índia tem a maior população rural e o maior setor informal entre as grandes economias, e a urbanização e formalização devem multiplicar oportunidades (especialmente com um governo reformista como o atual).
A Índia também tem um mercado de 1 bilhão de pessoas com um perfil demográfico relativamente favorável comparado a um mundo que envelhece rapidamente.
A consultoria [...] previu recentemente que em 2050 os Estados Unidos terão sido desbancados pela Índia, hoje em terceiro, no ranking das maiores economias do mundo em paridade de poder de compra.
No caso da China, a decadência relativa não é uma má notícia afinal, o país já tem a segunda maior economia do mundo em dólares [...].
“A taxa de crescimento chinesa precisa desacelerar porque ela já tem uma base enorme, e a física torna simplesmente impossível crescer mais, a não ser que todos os países em desenvolvimento súbitas mentes comecem a crescer de forma tão robusta quanto ela”, diz [...] Ann Lee, ex-professora da Universidade de Pequim [...] A questão é, basicamente, crescer melhor ao invés de crescer mais. [...]
“Os objetivos reais devem ser crescimento mais lento e garantir maior consumo e melhor distribuição de renda, tanto por classe quanto por região. O gasto em bem-estar social precisa crescer mais rápido do que a economia como urn todo. A questão chave é como financiar isso”, diz [...] David Goodman, diretor de Estudos Chineses na Universidade de Xi'an Jiaotong-Liverpool em Suzhouo.
a. Quais são as evidências utilizadas pelos pesquisadores para projetar a Índia como pelo econômico do crescimento global pelas próximas décadas?
b. Qual é o argumento utilizado no texto para a defesa da perspectiva positiva em relação à desaceleração do crescimento econômico chinês?
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