Independência do Haiti (01/01/1804)
O Haiti foi a primeira nação independente do Caribe, a primeira república negra do mundo e o primeiro país do hemisfério ocidental a abolir a escravidão. Antes, os franceses ocupavam o oeste e os espanhóis, o leste. Até 1789, Saint-Domingue era a mais rica das colônias francesas, produzindo 40% do açúcar do mundo,
com mão-de-obra escravizada e maltratada (meio milhão). Sofrendo com escassez de alimentos, elevada taxa de mortalidade, expostos à doenças infectocontagiosas. Havia, ainda, quase 30 mil pessoas de origem africana que trabalhavam como empregados domésticos nas casas dos colonizadores. Estavam um degrau acima dos trabalhadores rurais, pois eram alfabetizados e também serviam ao exército.
Toussaint Louverture e Jean Jacques Dessalines, líderes da Independência do Haiti e a batalha contra franceses.
Causas
Foi nesse contexto que os fazendeiros franceses começaram a discutir a aplicação dos princípios da Revolução Francesa para a independência da ilha.
Em 1791, apoiando-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, o novo governo francês decidiu dar cidadania francesa para todo homem que fosse livre e proprietário, sem considerar a cor da pele. Esta atitude despertou revolta nos escravos, pois esperavam ganhar a liberdade com a Revolução Francesa. Desta maneira, destruíram plantações, expulsaram os colonizadores e mataram os que se recusaram a sair. Os escravos, liderados por François Toussaint Breda, neto de um chefe africano, derrotaram os franceses e aliados. Mais tarde, ele adotou o nome de Toussaint L'Ouverture (abertura, em francês) e se tornou o líder militar da revolução, comandando os escravizados, com o apoio de espanhóis e ingleses, numa uerra sangrenta. Em 22 de agosto de 1791, começa uma guerra civil. No ano seguinte, um terço da ilha estava sob o controle dos revolucionários e em 1793 é proclamado o fim da escravidão.
Ao não conseguir derrotá-los, o governo francês decidiu abolir formalmente a escravidão na colônia em 1794. No entanto, com a ascensão de Napoleão Bonaparte, este decide restabelecer a escravidão nas colônias, para financiar exércitos para construir um império francês na América.
A Constituição para Saint-Domingue foi assinada em 1801. No entanto, Napoleão Bonaparte (1789-1821) enviou o general Charles Leclerc (1772-1802) para restabelecer a escravidão e a lei francesa. O general francês consegue algumas vitórias e inclusive captura Toussaint L'Ouverture e o envia prisioneiro à França, onde morreria. Dos 40 mil homens que compunham o Exército francês, dois terços morreram de febre amarela e os demais foram liquidados nas escaramuças.
O êxito francês ocorreu, mas durou pouco. Comandados agora por Jacques Dessalines, em janeiro de 1804, Saint-Domingue foi declarado uma república independente e passou a usar o nome de indígena de Haiti. Foi a primeira revolta de escravos bem-sucedida no mundo moderno e uma das poucas nações que derrotou o exército napoleônico. A liberdade, porém, custou caro. Além da agricultura em colapso pelo longo período de guerra, em 1825, os governantes haitianos foram obrigados a reparar os proprietários de escravos. A dívida, de 150 milhões de francos, foi acordada em troca do reconhecimento da independência pelos franceses, o que só ocorreu em 1834. Igualmente, a revolta dos escravos negros contra os seus senhores fez tremer as demais colônias onde havia mão de obra escrava. Os líderes da independência da América Espanhola se inspiraram no Haiti e chegaram a solicitar ajuda para combater os espanhóis.1) Faça um resumo, anotando os pontos principais do texto, ou pode copiar.
2) Como os franceses, defensores da liberdade e da igualdade, tratavam aos escravizados?
3) De que forma a Revolução Francesa influenciou a luta por independência do Haiti?
4) Quem foram os líderes da luta pela independência do Haiti? Qual era a condição social deles?
5) Por que Napoleão não aceitou a independência do Haiti?
6) Qual era a intenção de Napoleão Bonaparte para as Américas?
7) O Que é liberdade e igualdade, para você?
Soluções para a tarefa
Resposta:
2- Os franceses os tratavam como se não fossem cidadão embora a constituição promulgada pelos jacobinos e os direitos do homem e do cidadão defendessem o contrário.
3- A revolução francesa defendia liberdade igualdade e fraternidade, tal situação pode até ter se concretizado na própria França, mas não nas colônias Francesas, na declaração dos direitos do homem e do cidadão os revoltosos defendiam que todos eram livres e a constituição francesa de 1793 dizia extinta a escravidão nas colônias, no entanto, pouco depois os girondinos derrubaram os jacobinos no poder e revogaram a constituição, portanto poucas mudanças foram feitas na colonia e as pessoas clamavam por liberdade.
4- Toussaint Louverture e Jean Jacques Dessalines, eram negros escravizados.
5-Porque a ilha era uma das maiores produtoras de açúcar da América e do Mundo e perder aquela produção seria ruim para a economia francesa.
6- napoleão queria construir um império francês na América.
7)liberdade é a pessoa poder fazer aquilo que bem entendo como certo contanto que não fira aquilos que os outros acreditam, igualdade é a pessoa poder fazer tudo aquilos que os outros fazem, independentemente de cor, raça, religião gênero e etc.
Espero ter ajudado : )
resumo do texto:
A revolução haitiana foi basicamente uma revolta de negros escravizados na ilha de são domingos (atual Haiti) que queriam liberdade em relação aos seus senhores. As causas do movimento estão intrísecamente relacionadas a revolução francesa, durante esta os preceitos de liberdade e igualdade foram defendidos, mas não foram aplicados nas colônias, até que em 1793 na nova constituição francesa foi extinta a escravidão nas colonias francesas, no entanto, com o golpe de 18 brumário de napoleão essa lei foi revogada e em tese nenhuma mudança aconteceu nas colônias. Com sede de liberdade os escravos se reblaram contra seus senhores e venceram, inicialmente, mas napoleão não queria perder a ilha, maior produtora de açucar, então iniciou-se outra guerra, onde os haitianos sairam vitoriosos de novo, os lideres do movimento foram Toussaint Louverture e Jean Jacques Dessalines