Question

Indagações como: “A cartografia transpõe a realidade?”, “Quem esteve e está no controle da cartografia?”, “Para quem ela serve?”, “O que ela busca dizer, afirmar ou impor?” são questões de extrema importância para que o aluno jamais conceba uma fonte histórica como algo pronto, dito, verdadeiro, especialmente, os mapas, que desde sua criação, estiveram atrelados às instituições de poder.
Com o uso da cartografia objetiva-se discutir a construção do espaço (muito além da questão geográfica, e sim, política, social e sociológica) de maneira visual. A conjuntura atual de recursos didáticos históricos está, em grande medida, pautada na utilização de jornais, revistas, literatura, música, cinema, fotografia e até museus (entre os documentos não escritos na sala de aula). Em grande medida, a bibliografia de ensino de história não discute o mapa como recurso didático, ainda que esse material esteja presente em grande parte dos livros didáticos; de tal modo que o uso do mapa acaba por ilustrar uma conjuntura espacial do tema discutido.
A produção de conto, música, charge, curta-metragem são atividades que podem estar envolvidas no conhecimento histórico, mas, por que não os mapas? Isto se dá em decorrência da visão de que o mapa é uma ferramenta que busca se aproximar da realidade, desta forma, omite-se a ideia que cada mapa evidencia uma narrativa histórica diferente.
O passado se modifica pelo modo de intervenção do historiador e, sem dúvida, por meio do espaço, o homem pode pensar sua influência nos processos históricos. O aprofundamento acerca do processo de constituição das fontes proporciona ao aluno a ideia de se conceber como questionador do fazer histórico.
O mapa do Brasil de 1500, por exemplo, não é o mesmo que os dos dias atuais, não tão somente por mudanças geográficas, mas também por questões sociais, econômicas e políticas que influenciam a visão que se tem hoje do mapa do Brasil. Afinal, mapa é representação, símbolo dotado de e em um contexto.
Dessa maneira, o mapa consiste em uma espécie de texto que deve ser visto como fonte e argumento, onde é necessária uma situá-lo e localizá-lo dentro do contexto discutido. O mapa não é somente para “refletir” a realidade, pois essa iconografia espacial também projeta a imagem de quem o construiu.
O discurso cartográfico é dotado de uma compreensão histórica e de mundo. O mapa é construído socialmente e é dotado de percepção e interpretação as quais dão sentido ao espaço e estrutura o mundo. E até aqueles que “não se preenchem” também são dotados de significados.
Dessa maneira, o mapa é a representação de determinado espaço geográfico. Deve ser lido como uma composição de texto e imagem. Assim, vamos destacar alguns procedimentos necessários para essa leitura:
1. Leia o título do mapa, nele está contido o tema necessário;
2. Identifique as partes do mundo retratadas (continentes, países, regiões, localidades, etc.);
3. Identifique os oceanos rios e mares;
4. Verifique se há representação de relevo ou vegetação;
5. Verifique se há representação de cidades, reinos, impérios ou outra divisão política no mapa;
6. Perceba quais são as partes destacadas;
7. Leia com atenção as legendas e identifique no mapa os símbolos e as cores correspondentes. São informações muito importantes

Answer 1

Resposta:

da nem pra ler

Explicação: