Inclusão de ed física para alunos com deficiência
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Resposta:
A educação inclusiva de maneira geral tem sido alvo de muitos debates ao longo dos anos. A Educação Física de maneira peculiar é parte significante e também alvo direto dessas discussões. Nesse sentido, o objetivo desse artigo é realizar uma meta-análise sobre alguns estudos significantes realizados entre os anos de 2003 e 2008, e, que trazem importantes considerações sobre a maneira que profissionais de Educação Física percebem esse processo. Após uma análise detalhada, percebemos que esses profissionais estão conscientes da importância da Educação Física para alunos com deficiência. Ao mesmo tempo, entretanto, não se sentem preparados para tal, afirmando existir uma grande distância entre o discurso teórico e a realidade prática. Como sugestões apontam a necessidade de se incluir temas mais específicos à inclusão na formação acadêmica, bem como a apoio de profissionais especializados que venham auxiliar em sua atividade prática.
Explicação:
Resposta:
Explicação:
A educação física vem refletindo sobre a temática da deficiência, com o intuito de minimizar os problemas e assegurar a inclusão desse grupo minoritário. Especificadamente, nesse estudo iremos abordar um tipo de deficiência: a física.
Em termos históricos, podemos afirmar que as pessoas portadoras de deficiência eram excluídas da sociedade. A preconização do corpo máquina nos faz entender que quem não produz é representado como inválido, sem utilidade. Estas características são atribuídas indistintamente a todos que têm alguma deficiência, marginalizando-os.
A releitura a deficiência através da lente da inclusão se faz urgente e necessária. Encontramos respaldo em Sassaki (1997) quando afirma que a inclusão social é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, como também do portador de deficiência física.
Nesse sentido, a Educação Física escolar pode se constituir como agente de inclusão. A atividade física adequada às possibilidades dos sujeitos, valoriza, integra à realidade, obtendo autonomia, autoconfiança e liberdade.
A partir das considerações apresentadas, o presente trabalho pretende investigar como o professor de Educação Física Escolar representa a inclusão de pessoas portadoras de deficiência física em suas aulas.
Para buscar respostas optamos pela revisão da literatura e, como suporte bibliográfico e instrumento de pesquisa, utilizamos a entrevista semi-estruturada que foi realizada com três professores universitários que atuam no Curso de Licenciatura de Educação Física do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFoa) e em Escolas da Rede Pública e/ou Particular do mesmo Município.
Tentando compor um quadro compreensivo desta questão, trataremos do problema focando primeiramente a construção social da deficiência física, buscando elucidar o conceito de deficiência para que, em um segundo momento, possamos retratar como vivem as pessoas com deficiência física na sociedade e no ambiente escolar, refletindo a construção de preconceitos em relação a essas pessoas e, contribuindo para a desconstrução desses rótulos sociais instituídos na escola. Com isso, apontaremos as perspectivas dessa inclusão na sociedade dos ditos “normais”, discutindo a questão desse processo no campo da educação física escolar e, por último apresentaremos o olhar de quem vivencia essa prática, criando possibilidades para que os professores de educação física estejam aptos a encarar essa realidade, legitimando o acesso democrático tão discutido legalmente.
A construção social da deficiência física
A convivência com pessoas com necessidades especiais é marcada, em cada época da história, por ações discriminatórias que geram representações preconceituosas. Na antiguidade as crianças eram mortas quando nasciam com má-formação ou doentes. As que sobreviviam eram abandonadas e ficavam a deriva da sorte ou eram utilizadas por pessoas pobres para pedir esmola. Em outros locais eram vistas como “possuídas pelo demônio” e que precisavam ser purificadas. Esse fato mascarava flagelos e humilhações.
Essa visão foi alterada com o Cristianismo que considerava que todos os homens são filhos de Deus e, portanto, possuidores de alma. Os cristãos acreditavam que somente Deus podia dar ou tirar a vida, tornando-se pecado qualquer ação contra a vida do homem. Sendo assim, os deficientes não podiam mais ser mortos, maltratados ou abandonados. Apesar disso, o confinamento e a segregação eram permitidos, visto que era suficiente, como ato caridoso ao deficiente, o alimento e o teto.
Esses rótulos produziram sentimentos como repugnância, piedade, segregação e isolamento a essas pessoas, fortalecendo e ratificando os preconceitos até os dias atuais. Dessa forma, as pessoas com deficiência mental, sensorial ou física encontram-se, desde antiguidade, a margem da sociedade.
Essa marginalização se torna marcante quando uma multiplicidade de barreiras são (im)postas para essas pessoas. Esses desafios podem provocar reações como ânimo e determinação, ou podem, levar a acomodação e ao desânimo. Sendo assim, para avançarmos nas discussões sobre a intervenção da educação física escolar com deficientes físicos deveremos privilegiar os aspectos positivos, as vantagens: as possibilidades.
O esporte no cotidiano do portador de deficiência física
Ser portador de alguma deficiência física inata ou adquirida por algum acidente é, sem dúvida, ser merecedor de um tipo específico de atenção, seja no campo pessoal, familiar, ou ainda no campo social.