Importância ambiental da Imbuia
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A mata atlântica brasileira estendia-se ao longo da costa oriental numa faixa de largura variável, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, com área aproximada de 1 milhão de Km². Ocupava tanto a planície costeira quanto as encostas e planaltos.
A vegetação exuberante que se desenvolveu nesta área é fruto da influência oceânica associada às condições climáticas, ecológicas e, principalmente, uma rica fácies geomorfológica. Essas condições propiciaram a manutenção de uma rica diversidade faunística e florística.
Esses atributos, associados à presença de espécies de alto valor comercial, deixaram a mata atlântica com alto potencial de ameaça.
Podemos apontar como as causas principais da drástica redução do bioma, seguindo uma ordem mais ou menos cronológica, a exploração do pau-brasil, palmito, xaxim, a expansão de culturas de cana-de-açúcar, café, cacau, banana, a agricultura de subsistência e, por fim, a especulação imobiliária nas áreas de planície litorânea.
Os fragmentos florestais remanescentes, em sua maioria, são disjuntos e, por conseqüência, floristicamente empobrecidos. Apesar disso, a floresta atlântica é ainda uma das regiões de maior biodiversidade do planeta, mas igualmente, uma das mais ameaçadas.
Inúmeros trabalhos de florística e estrutura da vegetação revelaram que uma das famílias de maior expressão dos remanescentes atuais é Lauraceae.
A mata atlântica brasileira estendia-se ao longo da costa oriental numa faixa de largura variável, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, com área aproximada de 1 milhão de Km². Ocupava tanto a planície costeira quanto as encostas e planaltos.
A vegetação exuberante que se desenvolveu nesta área é fruto da influência oceânica associada às condições climáticas, ecológicas e, principalmente, uma rica fácies geomorfológica. Essas condições propiciaram a manutenção de uma rica diversidade faunística e florística.
Esses atributos, associados à presença de espécies de alto valor comercial, deixaram a mata atlântica com alto potencial de ameaça.
Podemos apontar como as causas principais da drástica redução do bioma, seguindo uma ordem mais ou menos cronológica, a exploração do pau-brasil, palmito, xaxim, a expansão de culturas de cana-de-açúcar, café, cacau, banana, a agricultura de subsistência e, por fim, a especulação imobiliária nas áreas de planície litorânea.
Os fragmentos florestais remanescentes, em sua maioria, são disjuntos e, por conseqüência, floristicamente empobrecidos. Apesar disso, a floresta atlântica é ainda uma das regiões de maior biodiversidade do planeta, mas igualmente, uma das mais ameaçadas.
Inúmeros trabalhos de florística e estrutura da vegetação revelaram que uma das famílias de maior expressão dos remanescentes atuais é Lauraceae.
As Lauraceae formam uma grande família de árvores e arbustos, predominantemente tropicais, com a exceção de Cassytha, popularmente conhecida como cipó-chumbo, uma herbácea parasita. A família está mais representada nos trópicos americanos e asiáticos, tendo também um grande número de espécies na Austrália e Madagascar, mas é pobremente representada na África. Atualmente são reconhecidos por volta de 50 gêneros e, o número estimado de espécies, está entre 2.500-3.000.
Do ponto de vista econômico formam um importante grupo, pois muitas espécies são produtoras de madeira de alta qualidade e frutos comestìveis. Fornecem ainda óleos aromáticos e alcalóides usados em cosmetologia, perfumaria e medicamentos. Nosso velho conhecido abacate,A despeito de sua importância as Lauraceae são pobremente conhecidas quanto à sua classificação e número de espécies. A falta de conhecimento do número de espécies e distribuição está, sem dúvida, relacionado ao fato de que muitas espécies são árvores altas com flores pequenas e inconspícuas, difíceis de coletar e observar na natureza.Na região neotropical ocorrem 30 gêneros da família Lauraceae. Destes, apenas 16 estão representados nos atuais remanescentes da mata atlântica brasileiraNos trabalhos de levantamentos nos fragmentos de ocorrência nos estados de Alagoas, Bahia, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, constatou-se que o gênero Ocotea ocorreu em 95% das áreas. No nível de família, Lauraceae ocorreu em 100% das áreas. A região não é, no entanto, homogênea, havendo variações na diversidade de gêneros e, em maior grau, nas respectivas espécies. Em geral, além de Ocotea, outros gêneros, Nectandra, Cinnamomum, Cryptocarya, Endlicheria, Licaria e Persea, têm ampla ocorrência ao longo da distribuição do bioma.
Em certas regiões da mata atlântica, a abundância de algumas espécies da família, associada a outros atributos especiais, resultaram em grande exploração econômica dessas espécies.As vigas encontradas nas quadricentenárias paredes de taipa do primeiro edifício dos jesuítas, na cidade de São Paulo, construido no século XVI (1554),Outra espécie de alto valor econômico e ecológico é a canela-imbuia- Ocotea porosa (Nees) Barroso, uma das espécies dominantes da floresta mista neotropical (Floresta Ombrófila Mista). Restrita ao Brasil, esta formação do planalto meridional revela uma tendência ao gregarismo de seus dominantes, a Araucaria angustifolia (pinheiro- brasileiro) e a Ocotea porosaEspécies estão entrando em livros vermelhos nacionais e estaduais enquanto outras sequer são cientificamente conhecidas. Recentemente descrevemos 3 novas espécies de Lauraceae para o bioma mata atlântica da região sudeste: Rhodostemonodaphne capixabensis Baitello & Coe-Teixeira, No recente trabalho que coordenei, com a colaboração de quatro outros especialistas, para o projeto FAPESP ¨Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo¨, detectamos 91 espécies. Após a publicação, em 2003, novos levantamentos desenvolvidos no Instituto Florestal, especialmente nos levantamentos para os planos de manejo das Unidades de Conservação, somaram mais 5 espécies, 2 delas novas para a ciência, que serão formalizadas oportunamente. Ambas pertencem ao gênero Ocotea, respectivamente localizadas no Parque Estadual de Carlos Botelho e Parque Estadual do Jaraguá, este último o conhecido Pico do Jaraguá, zona oeste da cidade de São Paulo.