Geografia, perguntado por xxmilenaxx37, 7 meses atrás

imigração do rio grande do sul?​

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Respondido por 090873787
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A imigração italiana no Rio Grande do Sul iniciou tímida e espontaneamente entre o fim do século XVIII e o início do século XIX, e se tornou mais intensa no período de 1870 a 1914, quando através de um programa colonizador do governo brasileiro entraram no estado do Rio Grande do Sul de oitenta a cem mil imigrantes italianos. A maioria vinha fugindo da fome, das epidemias e das guerras na Itália, e viviam como agricultores. O programa visava atender ao que então eram consideradas necessidades: povoar vazios demográficos, branquear a população e estabelecer um sistema produtivo baseado no minifúndio, com a força de trabalho livre e proprietária das terras, que pudesse abastecer o mercado interno com produtos agropecuários. O projeto enfrentou muitas dificuldades e períodos de tensão e turbulência social, mas acabou sendo em geral bem sucedido. Os imigrantes fundaram diversas cidades e incrementaram significativamente a produção rural, tornando a zona colonial italiana economicamente a segunda mais importante do estado já no início do século XX. Enquanto isso, criavam uma cultura nova, adaptando suas tradições milenares a um novo ambiente. Nas cidades a economia se diversificava amplamente. Surgiam empresas de grande porte, transformando a fisionomia das antigas vilas e também as relações sociais e empregatícias, formando-se uma elite endinheirada que promovia uma cultura erudita, fundava associações e clubes e vivia em palacetes urbanos sofisticados, sustentada por uma massa de proletários marginalizados, muitos deles oriundos do campo. Apesar das desigualdades que logo se manifestaram na sociedade colonial, desde o início do século XX os sinais do progresso se tornaram evidentes, uma "ética do trabalho" norteava os costumes, e articulou-se um discurso apologético em torno das alegadas qualidades do italiano, apresentando-o como um herói civilizador, um infatigável criador de riquezas, uma rocha de fé e um modelo de virtudes. Esse entusiasmo, em tudo apoiado e incentivado pela oficialidade nativa, foi interrompido durante a Era Vargas, devido ao programa nacionalizante do governo e também ao estado de guerra com a Itália, situações que lançaram um manto de repressão à língua e à cultura italianizada da região. Neste período também mudavam as ênfases produtivas, a indústria e o comércio assumiam a primazia, e os que haviam permanecido no campo sofreram as consequências do declínio do setor agrícola, iniciando um grande êxodo para a cidade, para outras colônias e outros estados.
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090873787: Não da pra escrever
090873787: É só um pouco
xxmilenaxx37: obrigada
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