Imed 2016) Leia os poemas a seguir, de Casimiro de Abreu e Carlos Drummond de Andrade, respectivamente: MEUS OITO ANOS Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida- Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! […] Rezava às Ave-Marias, Achava o céu sempre lindo, Adormecia sorrindo E despertava a cantar! Que doce a vida não era Em vez das mágoas de agora. CONSOLO NA PRAIA Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras,em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o humour? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros.Tudo somado, devias precipitar-te, de vez, nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. Analise as seguintes afirmações a partir dos poemas: I. Embora Casimiro de Abreu integre o período literário romântico, e Carlos Drummond de Andrade, o modernismo, ambos os poemas abordam a passagem do tempo e a ideia de perda de momentos da vida humana: infância e juventude. II. No primeiro poema, o eu lírico apresenta a infância com certo escapismo, fugindo, assim, do momento presente, o qual é resgatado no último verso. III. Identifica-se que, em ambos os poemas, o eu lírico mostra-se pesaroso e inconformado com a passagem do tempo e da vida. Quais estão corretas? *
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Feita a leitura dos dois poemas, descreveremos cada inciso quanto à correção:
- I. Embora Casimiro de Abreu integre o período literário romântico, e Carlos Drummond de Andrade, o modernismo, ambos os poemas abordam a passagem do tempo e a ideia de perda de momentos da vida humana: infância e juventude.
Sim, ambos os poemas estão ligados entre eles em relação à passagem de tempo e o desaparecimento de momentos do cotidiano.
- II. No primeiro poema, o eu lírico apresenta a infância com certo escapismo, fugindo, assim, do momento presente, o qual é resgatado no último verso.
O eu lírico inicia o poema com "Oh! que saudades que tenho (...) Da minha infância querida". Descreve o cotidiano da sua infância, as saudades diárias, os afazeres nostálgicos. Por fim, finda o poema com um pesar causado pela saudade: "Que doce a vida não era".
- III. Identifica-se que, em ambos os poemas, o eu lírico mostra-se pesaroso e inconformado com a passagem do tempo e da vida.
Definitivamente, o eu lírico expõe de fé e fato o sentimento de nostalgia que gera as lembranças do passado, não especificamente pesaroso (desgosto/arrependimento) ou inconformado com a passagem natural do tempo.
→ Resposta: estão corretos os incisos I e II.
Leia mais em
- Eu lírico: brainly.com.br/tarefa/8854655
- Poema: brainly.com.br/tarefa/4670098
Bons estudos!
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