Imagine que você tenha sido o presidente do Banco Central do Brasil em 1999 e que tenha sido o responsável pelo projeto de alteração do regime cambial do país naquele ano. Os agentes econômicos da época exigiram esclarecimentos a respeito dessa nova política. Descreva quais foram os seus argumentos, levando em consideração o motivo da alteração do regime cambial, como ele funciona e quais são os seus benefícios para a economia. Aproveite e informe se essa política teve os efeitos desejados.
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Até 1999, o Brasil teve seu câmbio fixo, mas com pequenas desvalorizações, chamado de regime de bandas cambiais. Porém, as três crises internacionais da década de 1990 (México em 1994, Sudeste Asiático em 1997 e Rússia em 1998) levaram a grandes perdas de reservas cambiais do Brasil, devido às necessidades de desvalorização da moeda para manter a competitividade dos produtos no mercado externo. Foi então que se tornou necessária a implementação de um novo regime cambial em 1999, o regime de câmbio flutuante. A partir de então, o país não ficaria limitado as suas reservas cambiais para influenciar a taxa de câmbio mais adequada, pois seriam as forças de oferta e demanda que determinariam a sua cotação.
Logo após a adoção do regime, houve desvalorizações da moeda nacional frente ao dólar, que repercutiu sobre a redução das importações, porém, devido às instabilidades no mercado externo (crise da Argentina, volatilidade dos preços do petróleo, crise energética do Brasil, atentados de 11 de setembro nos EUA), as exportações também caíram, o que prejudicou a recuperação do saldo da balança comercial. Foi a partir de 2002 que a balança passou a apresentar superávits sucessivos.
Explicação:
Resposta:
Até 1999, o Brasil teve seu câmbio fixo, mas com pequenas desvalorizações, chamado de regime de bandas cambiais. Porém, as três crises internacionais da década de 1990 (México em 1994, Sudeste Asiático em 1997 e Rússia em 1998) levaram a grandes perdas de reservas cambiais do Brasil, devido às necessidades de desvalorização da moeda para manter a competitividade dos produtos no mercado externo. Foi então que se tornou necessária a implementação de um novo regime cambial em 1999, o regime de câmbio flutuante. A partir de então, o país não ficaria limitado as suas reservas cambiais para influenciar a taxa de câmbio mais adequada, pois seriam as forças de oferta e demanda que determinariam a sua cotação.
Logo após a adoção do regime, houve desvalorizações da moeda nacional frente ao dólar, que repercutiu sobre a redução das importações, porém, devido às instabilidades no mercado externo (crise da Argentina, volatilidade dos preços do petróleo, crise energética do Brasil, atentados de 11 de setembro nos EUA), as exportações também caíram, o que prejudicou a recuperação do saldo da balança comercial. Foi a partir de 2002 que a balança passou a apresentar superávits sucessivos.