IHU On-Line - A medicalização de condutas classificadas como “anormais” se estendeu a praticamente todos os domínios de nossa existência. A quem interessa a medicalização da vida? Sandra Caponi - A muitas pessoas. Em primeiro lugar ao saber médico, aos psiquiatras, mas também aos médicos gerais e especialistas. Interessa muito especialmente aos laboratórios farmacêuticos que, desse modo, podem vender seus medicamentos e ampliar o mercado de consumidores de psicofármacos de modo quase indefinido. Porém, esse interesse seria irrelevante se não existisse uma demanda social que aceita e até solicita que uma ampla variedade de comportamentos cotidianos ingresse no domínio do patológico. Um exemplo bastante óbvio é a escola. Crianças com problemas de comportamento mais ou menos sérios hoje recebem rapidamente um diagnóstico psiquiátrico. São medicadas, respondem à medicação e atingem o objetivo social procurado. Essas crianças que tomam ritalina ou antipsicóticos ficam mais calmas, mais sossegadas, concentradas e, ao mesmo tempo, mais tristes e isoladas. (www.ihuonline.unisinos.br. Adaptado.) Podemos considerar como uma importante implicação filosófica da medicalização da vida (A) a incorporação do conhecimento científico como meio de valorização da autonomia emocional e intelectual. (B) a institucionalização de procedimentos de análise e de cura psiquiátrica absolutamente objetivos e eficientes. (C) a proliferação social de conhecimentos e procedimentos médicos que pressupõem a patologização da vida cotidiana. (D) a contribuição eticamente positiva da psiquiatrização do comportamento infantil e juvenil na esfera pedagógica. (E) o caráter neutro do progresso científico em relação a condicionamentos materiais e a demandas sociais.
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Olá, tudo bem? Vou te ajudar nessa questão:
A partir da leitura do texto, podemos perceber que há dois setores interessados na patologização de comportamentos normais: o setor médico, que inclui os profissionais da saúde e os laboratórios, e a própria sociedade, que vê na medicalização uma forma de adequar comportamentos a padrões anormais.
Com isso, podemos considerar como uma importante implicação filosófica da medicalização da vida a demanda e oferta de fármacos baseadas em conhecimentos e procedimentos médicos difundidos socialmente, culminando na patologização de comportamentos perfeitamente normais.
Assim, a alternativa correta é a letra (C), "a proliferação social de conhecimentos e procedimentos médicos que pressupõem a patologização da vida cotidiana".
A partir da leitura do texto, podemos perceber que há dois setores interessados na patologização de comportamentos normais: o setor médico, que inclui os profissionais da saúde e os laboratórios, e a própria sociedade, que vê na medicalização uma forma de adequar comportamentos a padrões anormais.
Com isso, podemos considerar como uma importante implicação filosófica da medicalização da vida a demanda e oferta de fármacos baseadas em conhecimentos e procedimentos médicos difundidos socialmente, culminando na patologização de comportamentos perfeitamente normais.
Assim, a alternativa correta é a letra (C), "a proliferação social de conhecimentos e procedimentos médicos que pressupõem a patologização da vida cotidiana".
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Resposta:
Letra C
Explicação:
A medicalização da vida faz com que, socialmente, certos comportamentos cotidianos e comuns sejam considerados anormais e "curáveis". Isso propicia que conhecimentos e procedimentos médicos sejam a única alternativa para tais comportamentos.
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