Geografia, perguntado por dantasmachadonina, 6 meses atrás

Identifique um dos fatores que fazem com que o período de aleitamento materno exclusivo seja tão pouco respeitado no Brasil e no mundo.

Soluções para a tarefa

Respondido por mfbarretopeixoto
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Resposta:

Alguns fatores, como maternidade precoce, baixo nível educacional e socioeconômico maternos, paridade, atenção do profissional de saúde nas consultas de pré-natal, necessidade de trabalhar fora do lar, são freqüentemente considerados como determinantes do desmame precoce.

Explicação:

Respondido por laurinharibeiro85
5

Resposta:

São inúmeras as vantagens e benefícios que a prática da amamentação oferece, tanto para o crescimento e desenvolvimento de lactentes do ponto de vista biológico e psicossocial, como para a mãe, a família, a sociedade e o planeta. Neste último por ser o ato de amamentar uma ação ecológica. Contudo, mesmo com todas estas vantagens e benefícios, percebemos que a prática da amamentação vem sofrendo diversas influências, que proporcionam desestímulos para as mães que desejam amamentar seus filhos, o que acaba por ocasionar, não raras vezes, o enfrentamento na dinâmica familiar.

A família, pela sua ação de promotora de cuidados e gerenciadora das ralações interfamiliar, acaba por ver-se como mediadora para intercambiar relações de valores culturais inter e transgeracional. Esta afirmação parte de nossa experiência ao realizar ações de promoção de saúde, com gestantes, puérperas, mães e familiares em grupos de gestantes, unidades de alojamento conjunto, unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família e domicílios, nos quais percebemos que as avós são respeitadas, tem papel significativo no convívio familiar, exercendo certo grau de influência sobre suas filhas e noras, para que sigam seus conselhos e seu modo de vida e cultura, nos cuidados referentes aos membros da família, principalmente, no processo de amamentação.

As avós participam ativamente nos cuidados às filhas, noras e netos em processo de amamentação, interferindo às vezes, de modo a desestimular esta prática, quando ao exercerem os cuidados, trazem consigo os conhecimentos e experiências adquiridas durante o momento em que viveram e aleitaram os seus próprios filhos, muitas vezes permeados por mitos, crenças, tabus e valores enraizados e culturalmente aceitos no contexto histórico vivido pelas mesmas. Dentre estes, podemos citar leite fraco, pouco, não sustenta a criança, o bebê chora porque está com fome, os peitos vão cair, leite salgado, o bebê rejeitou o leite materno, o leite artificial é que alimenta, dentre tantos outros.

Por estes significados serem tão arraigados pelas avós e em sendo estas respeitadas e valorizadas pelas filhas e noras, ocorre, que durante o período puerperal, quando a puérpera encontra-se emocionalmente mais sensível, as avós terminam por influenciá-las com seus conceitos pré-concebidos sobre a prática do aleitamento materno, incentivando o uso de chás, mamadeiras, chupetas, leite artificial e até preparados com amido, contribuindo desta forma consciente e/ou inconscientemente para o desmame precoce.

Neste contexto, a avó no desejo de contribuir para a saúde familiar, ao cuidar do neto (a), acaba por colocar a família em estado de "desequilíbrios". Estes compreendidos como momentos de instabilidade na relação/interação familiar na sua dinâmica cotidiana entre o casal, o recém-nascido e a unidade familiar.

Tal situação despertou-nos o interesse em buscar estudos que enfocassem a influência das avós na prática do aleitamento materno e sua influência na relação familiar, também no desmame precoce que pudessem subsidiar o nosso saber-fazer profissional ao cuidar da unidade familiar.

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