Identifique o autor de tais pensamentos e explique sua teoria
1.“Refiro-me à virtude moral, pois é ela que diz respeito às paixões e ações, nas quais existe excesso, carência e um meio-termo. Por exemplo,
tanto o medo como a confiança, a ira, a compaixão, e em geral, o prazer e a dor, podem ser sentidos em excesso, ou em grau insuficiente; e, num
caso como no outro, isso é um mal. Mas senti-los na ocasião apropriada, com referência aos objetos apropriados, para com as pessoas
apropriadas, pelo motivo e da maneira conveniente, nisso consistem o meio-termo e a excelência característicos da virtude. Analogamente, no
que tange às ações também existe excesso, carência e um meio-termo. Ora, a virtude diz respeito às paixões e ações em que o excesso é uma
forma de erro, assim como a carência, ao passo que o meio-termo é uma forma de acerto digna de louvor; e acertar e ser louvada são
características da virtude. Em conclusão, a virtude é uma espécie de mediania, já que, como vimos, ela põe a sua mira no meio-termo...”
2.“O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos
exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.”
3. Segundo o filósofo inglês que a incluiu no seu livro Leviatã, publicado em 1651 “ O Homem é o lobo do homem”
4.“Se a natureza humana é marcada pelo pecado original, a imperfeição originada na fraqueza de Adão, e faz com que o ser humano esteja sujeito
à tentação e aja contrariamente à lei moral, então haveria um determinismo que tornaria inevitável o pecado e, por conseguinte, a ação antiética.
Paradoxalmente, os indivíduos não seriam, em última análise, responsáveis por seus atos, já que são levados ao pecado pela própria falha de sua
natureza. Neste sentido, não teriam o domínio de suas ações, pois suas atitudes seriam determinadas por esta falha. O ser humano é, assim,
compelido a agir contrariamente à ética. Se sua ação é determinada e ele é compelido, então não tem escolha ou liberdade e, portanto, não estaria
verdadeiramente pecando.”
5. “Uma vez que despojei a vontade de todos os estímulos que poderiam advir da obediência a qualquer lei, nada mais resta do que a
conformidade a uma lei universal das acções em geral que possa servir de único princípio à vontade, isto é: devo proceder sempre de maneira que
eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal.”
6„”Entre as que se vendem pela prostituição e as que se vendem pelo casamento a única diferença consiste no preço e na duração do contrato.“
“É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência
concreta.“ “Não se nasce mulher: torna-se.“
7. “O existencialismo ateu, que eu represento (...) declara que se Deus não existe, há ao menos um ser no qual a existência precede a essência, um
ser que existe antes de poder ser definido por algum conceito e que esse ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. O que
significa aqui que a existência precede a essência? Isso significa que, primeiramente, existe o homem, ele se deixa encontrar, surge no mundo, e
que ele só se define depois. O homem tal como o concebe o existencialista não é definível porque, inicialmente, ele nada é. Ele só será depois, e
ele será tal como ele se fizer. Assim, não existe natureza humana, já que não há Deus para concebê-la. O homem é apenas não somente tal como
ele se concebe, mas tal como ele se quer, e como ele se concebe após existir, como ele se quer depois dessa vontade de existir - o homem é
apenas aquilo que ele faz de si mesmo. Tal é o primeiro princípio do existencialismo.“
8. O juízo bom não provém daqueles aos quais se fez o bem. Foram os bons mesmos, isto é, os nobres, poderosos, superiores em posição e
pensamento, que sentiram e estabeleceram a si e a seus atos como bons, ou seja, de primeira ordem, em oposição a tudo que era baixo, de
pensamento baixo, vulgar e plebeu”
9. „É fácil nos posicionar sobre um assunto remoto, mas revelamos nossa verdadeira natureza quando o assunto bate à nossa porta. Protestar
contra touradas na Espanha ou o assassinato de foquinhas no Canadá e continuar comendo frangos que passaram a vida toda apinhados em
gaiolas, ou carne de vitela de bezerros que foram separados da mãe, de deitar-se com suas pernas estendidas é o mesmo que denunciar o
apartheid na África do Sul e ao mesmo tempo pedir a seus vizinhos que não vendam a casa a negros.“
Soluções para a tarefa
O autor dos pensamentos e sua teoria:
1. Aristóteles
Aristóteles explorou o mundo do pensamento em todas as suas direções, considerando a filosofia como essencialmente teorética: deve decifrar o enigma do universo, em face do qual a atitude inicial do espírito é o assombro do mistério. O seu problema fundamental é o problema do ser, não o problema da vida.
2. Maquiavel
A obra teórica de Maquiavel desmascarou as pretensões da religião e da teologia em matéria política. Seu pensamento, procurava promover uma "ordem política inteiramente nova", moral, livre e laica, subordinada à razão de Estado, em que os mais hábeis utilizassem a religião para governar. E governar significava, para Maquiavel, arrancar o homem à sua maldade natural e torná-lo bom.
3. Thomas Hobbes
Thomas Hobbes começa seu estudo pelo estado de natureza, que é o estado de guerra de todos contra todos, passando então ao contrato que institui a um só tempo a paz e um Estado forte, no qual os súditos não têm direito a se opor ao soberano.
Em sua obra Leviatã, Hobbes discorre sobre por que ocorre a guerra de todos contra todos, no estado de natureza. Explicou que, justamente po sermos iguais, sempre desejamos mais uns que os outros. Da igualdade decorre uma concorrência, que na falta de um poder estatal se converte em guerra.
4. Santo Agostinho
A filosofia de Santo Agostinho definia a cultura de seu tempo. Educação e catequese praticamente se equivaliam. O conhecimento tinha lugar central em sua filosofia, mas ele se confundia com a fé.
Se o bem vem de Deus, o mal se origina da ausência do bem e só pode ser atribuído ao homem, por conduzir erroneamente as próprias vontades. Se o fizesse de modo correto, chegaria à iluminação.
5. Immanuel Kant
O pensamento de Kant se achava centrado na filosofia racionalista. Investiga como o homem deve agir em relação aos outros homens e como fazer para conseguir a felicidade ou o bem supremo, trata do problema moral. Sua metafísica se baseia na razão prática pura e não na razão teórica pura.
Liberdade e lei prática incondicionada têm um vínculo inquebrável, que gera uma lei absoluta, o imperativo categórico: Age de tal forma que o motivo que te levou a agir possa ser convertido em lei universal.
6. Simone de Beauvoir
Escritora, filósofa, mulher na vanguarda de muitas idéias e de várias atitudes. No que diz respeito aos estudos sobre a mulher e à sua condição social, defendeu que a emancipação feminina está diretamente relacionada à emancipação social.
Beauvoir defende, em suas obras filosóficas, que a concepção de feminino é construída social e culturalmente, rejeitando as ideias de que existiria uma essência feminina e um instinto materno.
Por meio de um estudo das obras ficcionais podemos verificar como a escritora existencialista desenvolve elementos para a construção de sua obra teórica, na qual podemos inferir que não há uma essência feminina e toda mulher deve assumir a responsabilidade total de sua existência.
7. Jean-Paul Sartre
Filósofo, escritor e crítico francês, representante do existencialismo. Acreditava que cada um precisava encontrar a verdade para si mesmo, sem seguir padrões universais. Ele prezava a liberdade de escolha, tomar decisões que criam sua própria natureza, a escolha é inevitável.
Para o existencialismo o homem é a angústia, isto é, o homem que se engaja e se dá conta de que ele não é apenas aquele que escolheu ser, mas também um legislador que escolhe simultaneamente a si mesmo e não consegue escapar ao sentimento de sua total e profunda responsabilidade.
Sartre acreditava que para haver uma verdade qualquer era necessário que houvesse uma verdade absoluta. Para obter qualquer verdade sobre mim, é necessário que eu considere o outro.
8. Nietzsche
O pensamento de Nietzsche é o perspectivismo. Não há uma verdade que não passe pelo sujeito. Esse sujeito em Nietzsche não é o “ser humano”, mas cada indivíduo em sua percepção singular da realidade e não do universal.
Nietzsche conclama uma ética fundada no cuidado de si, onde o indivíduo, e somente ele, sabe o que é Bom, criando desta forma seus valores, rejeita-se a ideia de Bem e Mal e instaura-se o Bom e Ruim.
Entretanto, não mais como ideia universal, mas como ação, pois o homem não precisa saber, precisa agir. É somente pelo corpo que se pode fazer esta afirmação, pois é ele a grande razão da existência.
9. Peter Singer
Singer afirma que para uma atitude ser considerada ética é necessário que esteja baseada em um princípio do qual não apenas a pessoa envolvida seja beneficiada. A ética, portanto, exige uma conduta que leve em conta o universal e não o individual.
Uma atitude não pode ser tomada em benefício próprio, mas deve levar em consideração o interesse de todos os seres que serão afetados pela decisão: o princípio da igual consideração de interesses semelhantes, consiste em atender interesses semelhantes de forma semelhante.
Bons estudos!