Identifique no texto as principais formas de luta dos operários e suas reivindicações na primeira RepúblicaIdenti
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Diante da comprovação do papel abertamente antioperário dos sindicatos, as greves selvagens e anti-sindicais multiplicaram-se em todos os países. Elas exprimem na prática o antagonismo proletariado x sindicatos e traduzem uma consciência cada vez mais clara da natureza capitalista dessas organizações. Qual é o conteúdo dessas lutas?
O fato de que o capitalismo não possa mais conceder reformas na escravidão salarial, reduziu as lutas proletárias a um combate de resistência contra o ataque permanente do capital nas condições de existência dos trabalhadores.
Demonstramos, relatando os eventos de 1936 e 1968 na França, como o capital foi forçado a tomar de volta as concessões que as lutas generalizadas lhe arrancaram. Em 1936 e em 1968, vimos os aumentos de salários serem anulados pela inflação. Esta situação é excepcional. A situação normal, que caracteriza o capitalismo atual, não é a que os preços correm atrás do salário, mas o inverso.
Não é o capital que tenta recuperar permanentemente o que os trabalhadores lhe extraíram, mas os trabalhadores que, lutando, tentam resistir à intensificação de sua exploração.
O conteúdo das lutas operárias no capitalismo decadente se caracteriza por não serem lutas de resistência em si (como todas as lutas, desde que os operários enfrentam seus exploradores), mas:
só podem ser lutas de resistência (sem a possibilidade de novas conquistas, como no século XIX);
questionam as condições de existência do capitalismo, tendendo a se tornar abertamente revolucionárias.
A resistência operária no capitalismo decadente não pode fugir à seguinte alternativa:
ou aceitar, sob pressão das forças conservadoras do sistema, o fechamento no campo estritamente econômico, e a partir disso, ser condenada ao impasse total, com o capital não podendo conceder mais nada nesse campo (impasse que geraria o terreno mais fértil para o desenvolvimento, nas fileiras proletárias, das melhores armas da burguesia contra a resistência operária: o economicismo, o localismo mais estreito, a ilusão da autogestão etc., culminando com a derrota e a desmoralização);
ou se afirmar como classe e, conseqüentemente, ultrapassar o quadro estritamente econômico e fazer aparecer a natureza política das lutas, desenvolvendo a solidariedade de classe e enfrentando os próprios fundamentos da legalidade burguesa (começando pelos representantes do capital: os sindicatos).
Já não há conciliação possível entre proletariado e capital. O antagonismo de classes é, na decadência capitalista, levado aos últimos limites. Toda luta operária verdadeira se coloca inevitável e imediatamente como luta política e revolucionária.
O conteúdo revolucionário se manifesta com maior ou menor amplitude, quando:
a luta responde a uma situação de crise mais ou menos profunda;
as condições políticas que os trabalhadores enfrentam incluem os "amortecedores sociais" (sindicatos, partidos operários, liberalismo político etc.).
Nos países em que esses amortecedores não existem ou são demasiado rígidos para funcionar, as lutas operárias assumem ainda mais rapidamente uma forma política. Foi assim que, na Espanha franquista e no leste europeu, as greves assumiram tão freqüentemente a forma de lutas insurrecionais abrasando cidades inteiras e transformando-se em confrontos generalizados com as forças do Estado (Vigo, Pamplona, Vitória - na Espanha, Gdansk, Szczecin - na Polônia em 1970, estão entre os exemplos mais conhecidos).
Mas, sejam quais forem as circunstâncias e a intensidade dos combates, a resistência operária na nossa época não pode mais se afirmar sem expressar sua essência revolucionária.
Esta característica da luta operária é a mesma que levou os revolucionários, desde a primeira Guerra Mundial, a proclamar a inutilidade da distinção social-democrata entre "programa mínimo" (conjunto de reformas a serem obtidas no interior do capitalismo) e o "programa máximo" (a revolução comunista). Doravante só o "programa máximo" podia exprimir os interesses da c
O fato de que o capitalismo não possa mais conceder reformas na escravidão salarial, reduziu as lutas proletárias a um combate de resistência contra o ataque permanente do capital nas condições de existência dos trabalhadores.
Demonstramos, relatando os eventos de 1936 e 1968 na França, como o capital foi forçado a tomar de volta as concessões que as lutas generalizadas lhe arrancaram. Em 1936 e em 1968, vimos os aumentos de salários serem anulados pela inflação. Esta situação é excepcional. A situação normal, que caracteriza o capitalismo atual, não é a que os preços correm atrás do salário, mas o inverso.
Não é o capital que tenta recuperar permanentemente o que os trabalhadores lhe extraíram, mas os trabalhadores que, lutando, tentam resistir à intensificação de sua exploração.
O conteúdo das lutas operárias no capitalismo decadente se caracteriza por não serem lutas de resistência em si (como todas as lutas, desde que os operários enfrentam seus exploradores), mas:
só podem ser lutas de resistência (sem a possibilidade de novas conquistas, como no século XIX);
questionam as condições de existência do capitalismo, tendendo a se tornar abertamente revolucionárias.
A resistência operária no capitalismo decadente não pode fugir à seguinte alternativa:
ou aceitar, sob pressão das forças conservadoras do sistema, o fechamento no campo estritamente econômico, e a partir disso, ser condenada ao impasse total, com o capital não podendo conceder mais nada nesse campo (impasse que geraria o terreno mais fértil para o desenvolvimento, nas fileiras proletárias, das melhores armas da burguesia contra a resistência operária: o economicismo, o localismo mais estreito, a ilusão da autogestão etc., culminando com a derrota e a desmoralização);
ou se afirmar como classe e, conseqüentemente, ultrapassar o quadro estritamente econômico e fazer aparecer a natureza política das lutas, desenvolvendo a solidariedade de classe e enfrentando os próprios fundamentos da legalidade burguesa (começando pelos representantes do capital: os sindicatos).
Já não há conciliação possível entre proletariado e capital. O antagonismo de classes é, na decadência capitalista, levado aos últimos limites. Toda luta operária verdadeira se coloca inevitável e imediatamente como luta política e revolucionária.
O conteúdo revolucionário se manifesta com maior ou menor amplitude, quando:
a luta responde a uma situação de crise mais ou menos profunda;
as condições políticas que os trabalhadores enfrentam incluem os "amortecedores sociais" (sindicatos, partidos operários, liberalismo político etc.).
Nos países em que esses amortecedores não existem ou são demasiado rígidos para funcionar, as lutas operárias assumem ainda mais rapidamente uma forma política. Foi assim que, na Espanha franquista e no leste europeu, as greves assumiram tão freqüentemente a forma de lutas insurrecionais abrasando cidades inteiras e transformando-se em confrontos generalizados com as forças do Estado (Vigo, Pamplona, Vitória - na Espanha, Gdansk, Szczecin - na Polônia em 1970, estão entre os exemplos mais conhecidos).
Mas, sejam quais forem as circunstâncias e a intensidade dos combates, a resistência operária na nossa época não pode mais se afirmar sem expressar sua essência revolucionária.
Esta característica da luta operária é a mesma que levou os revolucionários, desde a primeira Guerra Mundial, a proclamar a inutilidade da distinção social-democrata entre "programa mínimo" (conjunto de reformas a serem obtidas no interior do capitalismo) e o "programa máximo" (a revolução comunista). Doravante só o "programa máximo" podia exprimir os interesses da c
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