Pedagogia, perguntado por karlanubiaalves, 1 ano atrás

identifique e descreva as ideias principais que cada pensador desenvolveu a cerca da historia da educação?

Soluções para a tarefa

Respondido por NahhVieira
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CARL ROGERS
A terapia do norte-americano Carl Rogers (1902-1987) se define como centrada no cliente, porque cabe a ele a responsabilidade pela condução e sucesso do tratamento. A tarefa do professor é facilitar o aprendizado que o aluno conduz a seu modo. O objetivo do professor é permitir que seus alunos se tornem pessoas “plenamente funcionais”, ou seja, saudáveis. As principais marcas dessa funcionalidade são a abertura a novas experiências, a capacidade de viver o aqui e o agora, a confiança nos próprios desejos e intuições, a liberdade e a responsabilidade de agir e a disponibilidade para criar. Para que o professor seja capaz de exercer seu papel, três qualidades são requeridas: congruência – ser autêntico com o aluno; empatia – compreender seus sentimentos; e respeito. No campo da educação, sua atenção recaiu sobre a relação aluno-professor, que deve ser impregnada de confiança e destituída de noções de hierarquia. Avaliações, recompensas e punições estão excluídas, exceto na forma de auto-avaliação. Embora anticonvencional, a pedagogia rogeriana não significa abandonar os alunos, mas dar apoio para que caminhem sozinhos.

LAWRENCE STENHOUSE 
Para Lawrence Stenhouse (1926-1982), todo educador tinha de assumir seu lado experimentador no cotidiano e transformar a sala de aula em laboratório. O profissional deveria lançar mão de estratégias variadas até obter as melhores soluções para garantir a aprendizagem da turma. Na década de 1970, Stenhouse fundou o Centro para Pesquisa Aplicada em Educação, com o objetivo principal de elaborar um modelo de ensino no qual todo professor fosse capaz de manter a autoridade, a liderança e a responsabilidade em sala de aula sem transmitir a mensagem de que só o saber lhe confere esse poder. Para Stenhouse, a investigação no cotidiano escolar deveria envolver, além dos professores, também os estudantes e a própria comunidade. É o que chamou de pesquisa-ação: classes que servem de laboratório. Stenhouse estimulou a pesquisa na Educação Básica, mas dizia que o professor também deveria se preocupar em desenvolver o próprio currículo escolar, trocando experiências com colegas e estudantes. Esse processo se daria por meio da reflexão de cada profissional sobre sua prática diária.

EMILIA FERREIRO
A divulgação dos livros da psicolingüista argentina Emilia Ferreiro no Brasil causou grande impacto sobre a concepção do processo de alfabetização, influenciando as normas do governo, expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. As obras de Emilia não apresentam nenhum método pedagógico, mas revelam os processos de aprendizado das crianças. As descobertas levam a conclusão de que as crianças constroem o próprio conhecimento. A implicação é transferir o foco da escola e da alfabetização do conteúdo para o aluno. No processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código lingüístico e dominá-lo. Duas conseqüências do construtivismo são respeitar a evolução da criança e compreender que um desempenho mais vagaroso não significa menos inteligência ou dedicação. Outra noção é que o aprendizado não é provocado pela escola, mas pela mente das crianças. De acordo com Emilia, desempenhos díspares apresentados por crianças de classes sociais diferentes na alfabetização não revelam capacidades desiguais, mas o acesso maior ou menor a textos lidos e escritos desde os primeiros anos de vida.

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