identifique algumas influências do Judaísmo e do zoroastrismo no cristianismo
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Dele provém por exemplo o conceito de paraíso (pairidaeza) e influenciou muito a religião judaica, durante o exílio na Mesopotâmia como por exemplo a proibição da adoração de imagens sagradas (todo o texto de Isaías na Bíblia é de raiz zoroastriana),o monoteísmo rigoroso (até então o judaísmo era confusamente politeísta) e o puritanismo austero (a purificação dos judeus apregoada por Esdras ter-se-á dado a partir da Pérsia) uma vez que o zoroastrismo era a religião oficial do império persa, sendo o imperador persa Ciro II visto como o “Messias de Jeová” ou o “ungido de Jeová”. O paradoxo é que o título é concedido a um soberano estrangeiro, que não conhece Jeová (“Embora não me conheças, eu te cinjo”, no Deuteronómio de Isaías).
Adotaram então a crença zoaroastrista da vida após a morte, os conceitos de céu e inferno e do julgamento final e do apocalipse muito diferentes do judaísmo de antes da invasão persa. O princípio dualista do zoroastrismo manifesta-se na doutrina das duas eras, uma era presente (de impiedade) que se opõe a uma era futura (de justiça). Com a invasão alexandrina e o helenismo, o judaísmo absorve novos conceitos: o conceito grego da imortalidade da alma e a ideia da ressurreição corporal do zoroastrismo.
Hoje em dia há duas seitas, geograficamente delimitadas (sem contar com os zoroastristas na diáspora, que devem ser tantos como o total dos que existem no Irão e na Índia, um dos quais era o vocalista dos Queen, Freddie Mercury, um zoroastrista parsi, cujo nome verdadeiro era Farrokh Bulsara. No Irão há 35.000 zoroastristas – segundo o governo iraniano – ou 60.000 segundo as autoridades religiosas zoroástricas.
Os zoroastristas iranianos, (cuja cidade sagrada é Yazd, se bem que haja muitos também em Teerão e Kerman) são mais abertos, aceitam casamentos com não-zoroastristas e tentam ativamente converter outras pessoas. Os zoroastristas indianos, concentrados no no Estado do Gujarate, chamados Parsis (de Persa), são mais fechados, só aceitam casamentos endógenos, porque se consideram uma raça “pura” e desencorajam o proselitismo e a conversão de estranhos. Isto é curioso: o ramo que procura conversões está num país onde 99% da população é muçulmana, na maioria xiitas duodecimanos, religião que não permite a saída para outra religião; o ramo parsi, que não admite a conversão de outros, está na Índia, país onde a conversão para outras religiões é livre, exceto para os muçulmano. Dá Ahura Mazda nozes a quem não tem dentes…
No Irão, além dos muçulmanos de várias confissões (incluindo os bahá’is, ramo divergente do xiismo, considerado herético e proibido mas que mesmo assim tem cerca de 350.000 fiéis), são reconhecidas pelo Estado e protegidas (com direito a um assento no parlamento cada uma, as religiões judaica (com 25.000 praticantes, a maior comunidade judaica num país muçulmanos), cristã (300.000, sendo 200.000 da igreja apostólica arménia, sendo os restantes protestantes e da igreja assíria; também são considerados cristãos, e como tal protegidos pela lei, os gnósticos mandeístas que porém não se reconhecem a si próprios como cristãos e por isso se consideram discriminados pelo governo – que não liga nenhuma às suas queixas e continua a classifica-los como cristãos; note-se uma coisa interessante: considera-se que o conceito de diabo nas igrejas cristãs provém do islamismo iraniano e não do judaísmo) e os zoroastristas.
:D tmj