Identificar as condições de trabalhos nas fabricas no período da Revolução Industrial
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A transição da idade média para a idade moderna trouxe mudança nos meios de produção, saindo do sistema de artesãos para produção em massa, a partir de 1824. Na Inglaterra o principal produto da época era o tecido, que era feito em fábricas com teares mecânicos.
Como não havia na época legislação trabalhista (até porque o sistema de trabalho acabava de surgir), as relações trabalhistas eram plenamente dominadas pelas leis da oferta e da procura, ao bel prazer do mercado.
Assim, os donos das fábricas pagavam aquilo que queriam, e aceitava aquele que quisesse. O resultado desse liberalismo absoluto fez com que fossem empregadas mulheres, crianças, sem qualquer condição de trabalho digna: as fábricas eram abafadas, não havia períodos de repouso, férias, 13o, equipamentos de proteção individual ou coletiva, horário de almoço, ou qualquer outro elemento necessário à dignidade humana. Trabalhavam nos teares crianças pequenas, mulheres grávidas - estas recebendo salários menores por produzirem menos - em jornadas que chegavam a 16 horas diárias, sem qualquer garantia de emprego. Aqueles que se machucassem devido a acidentes de trabalho eram simplesmente demitidos, e qualquer tipo de reclamação ou greve teria a mesma consequência. O único objetivo e interesse era maximizar o lucro do empresário. Estas condições que foram desenvolvidas como reflexo de um total liberalismo econômico nos deve servir de alerta para que tipo de sistema o nosso país poderá rumar se seguir com a política de neoliberalismo pregada nos últimos meses por nossos governantes.