Identifica, de forma completa, quatro deuses egípcios.
Soluções para a tarefa
Para você compreender o politeísmo egípcio, ou seja, o culto a vários deuses, faz-se necessário esclarecer algumas características da sociedade egípcia. O governo no Egito Antigo era teocrático: os administradores governavam em nome dos deuses (da religiosidade). O principal governante do Egito, ou das cidades-estados, era chamado de faraó: ele possuía todo o poder (assumia várias funções: era o rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general) e era tido como um deus vivo: filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação de Hórus (deus falcão). Portanto, a religiosidade e o culto aos deuses no Egito Antigo tinham um grande significado para a sociedade.
Os egípcios cultuavam vários deuses (politeístas) e alguns deuses eram animais. Por exemplo: o gato acabava com as infestações de ratos nos celeiros com os mantimentos; o cachorro auxiliava na caça; o gado, na agricultura (puxava a charrua), entre outros.
Os animais no Egito Antigo eram considerados a encarnação dos próprios deuses. Os egípcios também adoravam as formas e forças da natureza, como o rio Nilo, o Sol, a Lua e o vento.
Cada cidade-estado egípcia possuía o seu deus protetor. Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo), outros deuses tinham o formato de homem juntamente com animal (corpo de homem e cabeça de animal – antropozoomorfismo) e também existiam deuses somente com o formato humano (antropomorfismo).
A religiosidade tinha importância para os egípcios até após a morte, pois eles acreditavam na imortalidade. Por esses motivos cultuavam os mortos e praticavam a mumificação (a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser humano era constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No momento da morte, a alma deixaria o corpo, mas poderia continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá – a volta da alma para o corpo dependia do julgamento no Tribunal de Osíris.
Resposta:
1Amon-Rá, senhor da verdade, pai dos Deuses
Amon-Rá é o deus mais poderoso do Antigo Egito. Os devotos o consideravam como o Deus dos deuses e também como o Rei dos deuses. A divindade é vista como o mais nobre e antigo governante dos egípcios.
Amon era, originalmente, um deus de Tebas. Seu nome significa ‘Deus oculto’. Isso porque ele representava conceitos abstratos relacionados ao ar. Os egípcios diziam que ele está em toda parte, mas não pode ser visto. Ele também era o deus da fertilidade.
Ele foi representado, principalmente, como um homem vestido com um envoltório e também como um ser com a cabeça de um carneiro. Sua primeira esposa era Amonet, que tinha a forma de uma mulher com cabeça de rã.
Tebas era uma cidade relativamente importante no Egito Antigo. Mas em 2040 a.C. ocorreu um fato de grande transcendência: Tebas se tornou capital do Egito. Permaneceu com esse status por mais de mil anos e, após perder esse posto, se tornou o principal centro religioso do reino. Dessa maneira, o deus tebano Amon tornou-se deus de todo o Egito.
Histórico
Os testemunhos escritos que temos sobre Amon são muito antigos, antes de ele se tornar o deus supremo do Egito e, portanto, antes de 2040 aC. Amon não era um deus de especial importância e não há muitas inscrições com o seu nome. Ele era apenas associado com o ar, e por isso foi considerado o protetor dos navegadores.
Rá
Ao contrário de Amon, Rá sempre foi um deus de grande importância. Ele representou o sol e, portanto, era a ‘origem da vida’. Além disso, os primeiros faraós foram considerados encarnações de Rá.
Rá é o sol e como o sol nasce e morre todos os dias, Rá também era o símbolo da reencarnação.
Rá foi descrito como um homem com cabeça de falcão. Nesta cabeça, ele carregava uma espécie de disco solar.
Enquanto a capital do Egito estava em Mênfis, Rá era o deus supremo. Mas em 2040 a.C, a capital foi transferida para Tebas e Rá conheceu o principal deus tebano, Amon.
Desta união nasceu o deus Amon-Rá, que foi o deus mais importante nos auge do império egípcio.
Rá em hieróglifos
Nos hieróglifos, Rá é representado com o mesmo símbolo que o sol. Além disso, há também inscrições onde ele aparece cruzando o céu do leste para o oeste em uma embarcação solar. Rá, o sol, fazia uma viagem de 24 horas todos os dias. Ele morria no oeste e voltava à vida no leste
Esposa de Amon, teve um filho, Khonsu e era venerada como a grande mãe divina. Era retratada como uma mulher usando duas coroas, com a cabeça ou corpo de um abutre ou, como uma vaca.
Mais tarde, assim como outros deuses, foi difundida com Hator, mãe divina representada como uma mulher com rosto e chifres de vaca.
Associada à dança e à música, era conhecida como a Senhora do Céu, da Terra e do Submundo. Era popular por ser sábia, afetuosa e gentil com vivos e mortos. Também, protegia as mulheres durante a gravidez e parto, além de ser adorada como deusa da fertilidade. Mais tarde, foi fundida à Hator, mãe divina esposa de Ámon.