Idade Média: “Idade das Trevas” ou uma “Belle Époque”?
Contexto Europeu do século X ao século XIII
“Idade das Trevas” foi o termo adotado pelo humanistas do século XVII, quando generalizaram toda a civilização da Europa do século IV ao século XV como um tempo de ruína e flagelo. Esta ideologia de obscuridade das trevas é resultado de fatos e acontecimentos negativos ocorridos no longo período da Idade Média, tais como as guerras, as invasões bárbaras, as crises da agricultura, as epidemias, 1a imposição da Igreja, a inquisição em relação aos hereges, a centralização da economia restrita aos feudos, as desigualdades sociais, dentre outros aspectos, mas que não justificam criar uma terminologia pejorativa para uma gigante e envolvente civilização que, em contraste com esse lado negativo, muito criou, muito inventou e muito desenvolveu, lembrando que o período medieval é o carro chefe da historiografia contemporânea.
Assinale a alternativa correta, considerando o período da Idade Média:
A) apesar da existência de servos, a Idade Média tinha nos escravos sua principal força produtiva.
B) nos Feudos, durante a Idade Média, surgiu a burguesia como classe econômica, porém, o poder da Igreja fez com que a burguesia tivesse pouca importância.
C) o pensamento medieval expressado no texto foi dominado pela burguesia, sobretudo no que se refere aos assuntos científicos, pois só as corporações de ofício tinham acesso a este conhecimento.
D) o texto aponta que o uso do termo “Idade das Trevas” não seria o melhor para definir a Idade Média, pois, apesar dos problemas e desigualdades sociais, esse período deixou grandes legados para a História Contemporânea.
E) o trecho “a imposição da Igreja, a inquisição em relação aos hereges...” (ref. 1) demonstra o poder da Igreja como classe dominante nos campos da economia e da política, cabendo aos servos somente o direito ao voto, porém, sem direito a se eleger a nenhum cargo político.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra D
Explicação:
O autor diz textualmente: "não se justificam criar uma terminologia pejorativa para uma gigante e envolvente civilização que, em contraste com esse lado negativo, muito criou, muto inventou e muito desenvolveu, lembrando que o período medieval é o carro chefe da historiografia contemporânea.
O autor, seguramente é alinhado com o regime de historicidade presentista, que atinge a historiografia e tem como uma de suas principais características a pós-modernidade: “chamemos assim esse mundo pós-1989”. Essa por sua vez, caracteriza-se pela dominação do capital, alienação, lógica do mercado, fatalismo, individualismo e inexistência de alternativas ideológicas, que foram substituídas por uma resistência que não significa oposição à ordem, mas aceitação e luta para “ocupar os melhores lugares, as posições mais vantajosas, obter privilégios, conquistar propriedades, ter acesso a símbolos e situações de poder” (REIS 2012, p. 83). Essa nova cultura histórica “do brilhantismo e da habilidade de comunicação e não da erudição e da defesa de valores universais”, teria como marca a empatia com os vencedores.