I. Tradição, de Ascenso Ferreira
Terraço da casa-grande de manhãzinha,
Fartura espetaculosa dos coronéis:
– Ô Zé-estribeiro! Zé-estribeiro!
– Inhôôr!
– Quantos litros de leite deu a vaca Cumbuca?
– 25, seu Curuné!
– E a vaca Malhada?
– 27, seu Curuné!
– E a vaca Pedrês?
– 35, seu Curuné!
– Sóó? Diabo! Os meninos hoje não têm o qui mamá!
II. Vício da fala, de Oswald de Andrade
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
11. Quanto à leitura comparada dos dois poemas, é
correto:
a) Representantes da literatura oficial, ou seja, en-
quadrados no Modernismo, ironizam, com laivos
de humor, a variedade linguística regional.
b) Por conta do caráter demolidor e anárquico da
primeira fase do Modernismo, parodiam a fala
matuta, no sentido de expô-la ao ridículo.
c) Apontam, explicitamente, as fronteiras que se-
param os falantes, de acordo com a classe soci-
al e as relações de poder: normal culta versus
fala popular.
d) O texto I, ao contrário do texto II, registra a ex-
pressão dos falantes, pois, nesse último, só se
expressa o registro do sujeito da escrita.
e) Ainda que compostos por autores da literatura
oficial, defendem a variação linguística, reconhe-
cendo como válida a espontaneidade da fala.
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d) O texto I, ao contrário do texto II, registra a ex-
pressão dos falantes, pois, nesse último, só se
expressa o registro do sujeito da escrita.
pressão dos falantes, pois, nesse último, só se
expressa o registro do sujeito da escrita.
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